quarta-feira, 31 de agosto de 2011

A situação nutricional da população idosa brasileira

 
 
A expectativa de vida tem aumentado no mundo inteiro, associada à queda dos coeficientes de fecundidade e de mortalidade tem conduzido ao envelhecimento populacional. Fenômeno este característico dos países desenvolvidos e em desenvolvimento como é o caso do Brasil.
A manutenção de um estado nutricional adequado na pessoa idosa é tarefa árdua, frente às doenças crônicas à associação do uso de medicamentos, às modificações fisiológicas inerentes à idade que interferem no apetite, no consumo e na absorção de nutrientes, e às questões sociais e econômicas que muito prejudicam a prática para a conquista de uma alimentação saudável.
O Ministério da Saúde recomendou, em última publicação, para os procedimentos de diagnóstico e acompanhamento do estado nutricional de idosos (60 anos e mais) em serviços de saúde, a classificação do IMC seguindo os mesmos pontos de corte do NSI10: baixo peso IMC<22kg/m2; peso normal ou eutrófico de 22 a 27kg/m2 e sobrepeso IMC>27kg/m2. Tendo em vista que a avaliação nutricional do idoso apresenta limitações também em relação aos dados, e padrões de referência para as medidas antropométricas.
O panorama da saúde do idoso no Brasil precisa ser, sem dúvida, melhor definido populacionalmente e em todas as regiões. É imprescindível que se estabeleça uma política de saúde que implique na promoção da qualidade de vida e da autonomia, de modo acessível a todos os estratos sociais ou, pelo menos, que os serviços sejam oferecidos de modo digno aos mais carentes na hierarquia social, para que possam conduzir o seu envelhecimento de maneira saudável e o mais independentemente possível.

Integrante LAGERPE


Referências
BASSLER, Thais Carolina  and  LEI, Doris Lucia Martini. Diagnóstico e monitoramento da situação nutricional da população idosa em município da região metropolitana de Curitiba (PR). Rev. Nutr. [online]. 2008, vol.21, n.3, pp. 311-321. ISSN 1415-5273.

RAMOS LR, Veras RP, Kalache A. Envelhecimento populacional: uma realidade brasileira. Rev Saúde Pública. 1987; 21(3):211-21.

SILVA MLT. Geriatria. In: Waitzberg DL. Nutrição oral, enteral e parenteral na prática clínica. 3a. ed. São Paulo: Atheneu; 2000. p.997-1008.  

BRASIL. Ministério da Saúde. Coordenação Geral da Política de Alimentação e Nutrição. Orientações básicas para a coleta, processamento, análise de dados e informação em serviços de saúde para o sistema de vigilância alimentar e nutricional. Versão Preliminar. Brasília: Ministério da Saúde; 2004.    

LESSA I. O adulto brasileiro e as doenças da modernidade. Epidemiologia das doenças crônicas não-transmissíveis. São Paulo: Hucitec Abrasco; 1998.