Quando se pensa em academia, a primeira imagem que vem é de um espaço com um grande número de jovens exercitando o corpo, a fim de deixá-lo em forma. Porém apague essa imagem da sua mente e comece a contemplar as academias como um local para o público da terceira idade também.
Isso porque, dados da Associação Brasileira de Academias (Acad) mostram que este público representa 30% do total de 5 milhões de matriculados nas academias de ginástica do país e movimentam nada menos do que R$ 600 milhões por ano. Neste contingente de 1,5 milhão de idosos que estão alavancando os lucros das academias de ginástica de todo o Brasil, estão os maranhenses que também seguem a tendência nacional e já contabilizam o percentual de 40% dos clientes de algumas academias do estado.
A academia Viva Água no bairro do Renascença é uma delas. Do universo total de usuários de seus serviços, quase metade são idosos. Segundo o coordenador geral da academia, Eduardo Roberto, essa mudança de contexto se dá não só porque o Brasil é um país que envelhece rapidamente, por causa do aumento da expectativa de vida, mas também porque as pessoas e principalmente, os idosos estão aderindo à mudança de hábitos para ter mais saúde e qualidade de vida.
Não é à toa que, na América Latina, segundo dados da Acad, o país já é o maior mercado em número de academias, além de ocupar o segundo lugar no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos. O mercado brasileiro de fitness passou de 4 mil academias em 2000 para 18,1 mil em 2011. Há 10 anos, o total de idosos matriculados não chegava a 5% e hoje, esse percentual foi superado.
Isso porque, dados da Associação Brasileira de Academias (Acad) mostram que este público representa 30% do total de 5 milhões de matriculados nas academias de ginástica do país e movimentam nada menos do que R$ 600 milhões por ano. Neste contingente de 1,5 milhão de idosos que estão alavancando os lucros das academias de ginástica de todo o Brasil, estão os maranhenses que também seguem a tendência nacional e já contabilizam o percentual de 40% dos clientes de algumas academias do estado.
A academia Viva Água no bairro do Renascença é uma delas. Do universo total de usuários de seus serviços, quase metade são idosos. Segundo o coordenador geral da academia, Eduardo Roberto, essa mudança de contexto se dá não só porque o Brasil é um país que envelhece rapidamente, por causa do aumento da expectativa de vida, mas também porque as pessoas e principalmente, os idosos estão aderindo à mudança de hábitos para ter mais saúde e qualidade de vida.
Não é à toa que, na América Latina, segundo dados da Acad, o país já é o maior mercado em número de academias, além de ocupar o segundo lugar no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos. O mercado brasileiro de fitness passou de 4 mil academias em 2000 para 18,1 mil em 2011. Há 10 anos, o total de idosos matriculados não chegava a 5% e hoje, esse percentual foi superado.
"Existem dois tipos de musculação: aquela que chamamos de fitness, que é voltada para o trabalho da estrutura do corpo para que ele fique mais definido e belo; e o outro tipo é o wellness, que se preocupa em trabalhar não especificamente o físico, mas sim a qualidade de vida. E é nesta área que os idosos se enquadram. Eles vêm para a academia não porque querem ter um corpo ′sarado`, mas sim porque querem ter uma vida melhor. Muitos deles têm indicação de um médico como forma de tratamento de alguma doença ou até mesmo prevenção", explica o coordenador, acreditando que a tendência é o mercado de ginástica voltado para o público da terceira idade despontar daqui para frente.
Especialização
Lógico que para o trabalho com um público específico, requer adaptações e qualificação e profissionais que atendem a esta demanda. Eduardo conta que a Viva Água, prevendo este aumento, investiu em técnicas diferenciadas para os idosos com atividades de menor impacto e um ambiente que proporcione um espaço de convivência para eles.
"Avistando este mercado em expansão, contratamos profissionais especializados, que os acompanham nos exercícios, sempre atentos as reações que ele podem vir a sentir com o estímulo físico. Por isso medimos a pressão arterial deles durante a atividade. Também criamos uma turma de Treinamento Funcional só para idosos, que é voltado para o condicionamento físico, trabalhando o equilíbrio e bom funcionamento do corpo. Esses exercícios são comuns para pessoas que praticam arte marciais", diz ele.
A educadora física Luciana Argulles de Assunção também vislumbra o novo filão e já investe. Ela diz que na D Academia no Monte Castelo, que ela administra, já possui público do tipo, porém ainda é tímido. Entretanto, ela crê que é um mercado promissor e já se adapta a ele.
"Esse público é bem fiel, diferente dos jovens, que já são mais voláteis e ficam apenas algum tempo nas academias e depois de um período saem. Os idosos por saberem que necessitam de atividades físicas para a manutenção da sua saúde, permanecem por mais tempo. Tenho uma aluna de 85 anos que todas as manhãs está lá presente fazendo a sua série de exercícios. Por isso, temos um profissional conosco que é especializado em trabalhar com a terceira idade, dando orientações de exercícios", conta a gerente.
O aposentado Francisco Rodrigues, 75 anos, já pratica atividades físicas em academia há 11 anos. Ele, que costuma malhar pela manhã, cinco vezes por semana, disse que foi incentivado a exercitar o corpo após a entrada de sua esposa em uma academia. "Logo que nos aposentamos, para não ficar sem fazer nada em casa, ela resolveu entrar na academia. Como tinha umas dores na coluna, resolvi acompanhá-la e fazer também. A partir de então, não parei mais e não senti mais as dores na coluna. Além disso, é muito difícil eu cansar, carrego quilos e quilos de coisas quando vou à feira e não sinto nada", relata o idoso.
O professor de educação física aposentado, Antonio Maria Zacharias Bezerra de Araújo, mais conhecido como professor Dimas, agora mudou a vertente. Ele, que foi um dos fundadores do curso de Educação Física da Ufma, hoje, se empenha em fazer exercícios para seu bem-estar e não mais ensinar. "Desde 1959, quando me formei, faço atividades físicas ensinando os outros. Agora voltei a ser aluno, porque sei da importância da atividade física para a saúde de uma pessoa idosa", ressalta ele, que já tem 83 anos e entrou em uma academia há 10 anos.
Especialização
Lógico que para o trabalho com um público específico, requer adaptações e qualificação e profissionais que atendem a esta demanda. Eduardo conta que a Viva Água, prevendo este aumento, investiu em técnicas diferenciadas para os idosos com atividades de menor impacto e um ambiente que proporcione um espaço de convivência para eles.
"Avistando este mercado em expansão, contratamos profissionais especializados, que os acompanham nos exercícios, sempre atentos as reações que ele podem vir a sentir com o estímulo físico. Por isso medimos a pressão arterial deles durante a atividade. Também criamos uma turma de Treinamento Funcional só para idosos, que é voltado para o condicionamento físico, trabalhando o equilíbrio e bom funcionamento do corpo. Esses exercícios são comuns para pessoas que praticam arte marciais", diz ele.
A educadora física Luciana Argulles de Assunção também vislumbra o novo filão e já investe. Ela diz que na D Academia no Monte Castelo, que ela administra, já possui público do tipo, porém ainda é tímido. Entretanto, ela crê que é um mercado promissor e já se adapta a ele.
"Esse público é bem fiel, diferente dos jovens, que já são mais voláteis e ficam apenas algum tempo nas academias e depois de um período saem. Os idosos por saberem que necessitam de atividades físicas para a manutenção da sua saúde, permanecem por mais tempo. Tenho uma aluna de 85 anos que todas as manhãs está lá presente fazendo a sua série de exercícios. Por isso, temos um profissional conosco que é especializado em trabalhar com a terceira idade, dando orientações de exercícios", conta a gerente.
O aposentado Francisco Rodrigues, 75 anos, já pratica atividades físicas em academia há 11 anos. Ele, que costuma malhar pela manhã, cinco vezes por semana, disse que foi incentivado a exercitar o corpo após a entrada de sua esposa em uma academia. "Logo que nos aposentamos, para não ficar sem fazer nada em casa, ela resolveu entrar na academia. Como tinha umas dores na coluna, resolvi acompanhá-la e fazer também. A partir de então, não parei mais e não senti mais as dores na coluna. Além disso, é muito difícil eu cansar, carrego quilos e quilos de coisas quando vou à feira e não sinto nada", relata o idoso.
O professor de educação física aposentado, Antonio Maria Zacharias Bezerra de Araújo, mais conhecido como professor Dimas, agora mudou a vertente. Ele, que foi um dos fundadores do curso de Educação Física da Ufma, hoje, se empenha em fazer exercícios para seu bem-estar e não mais ensinar. "Desde 1959, quando me formei, faço atividades físicas ensinando os outros. Agora voltei a ser aluno, porque sei da importância da atividade física para a saúde de uma pessoa idosa", ressalta ele, que já tem 83 anos e entrou em uma academia há 10 anos.
Redação do DIARIODEPERNAMBUCO.COM.BR