ESTATUTO DO IDOSO
(* regulamentado pelo decreto nº 5.130 de 07 de julho de 2004)
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LEI Nº 10.741, DE 01 DE OUTUBRO DE 2003.
Dispõe sobre o Estatuto do Idoso e
dá outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
TÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1º É instituído o Estatuto do Idoso, destinado a regular os direitos assegurados às pessoas com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos.
Art. 2º O idoso goza de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhe, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, para preservação de sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual, espiritual e social, em condições de liberdade e dignidade.
Art. 3º É obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do Poder Público assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária.
Parágrafo único. A garantia de prioridade compreende:
I – atendimento preferencial imediato e individualizado junto aos órgãos públicos e
privados prestadores de serviços à população;
II – preferência na formulação e na execução de políticas sociais públicas específicas;
III – destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a
proteção ao idoso;
IV – viabilização de formas alternativas de participação, ocupação e convívio do idoso
com as demais gerações;
V – priorização do atendimento do idoso por sua própria família, em detrimento do
atendimento asilar, exceto dos que não a possuam ou careçam de condições de
manutenção da própria sobrevivência;
VI – capacitação e reciclagem dos recursos humanos nas áreas de geriatria e
gerontologia e na prestação de serviços aos idosos;
VII – estabelecimento de mecanismos que favoreçam a divulgação de informações de
caráter educativo sobre os aspectos biopsicossociais de envelhecimento;
VIII – garantia de acesso à rede de serviços de saúde e de assistência social locais.
IX – prioridade no recebimento da restituição do Imposto de Renda.
Art. 4º Nenhum idoso será objeto de qualquer tipo de negligência, discriminação, violência, crueldade ou opressão, e todo atentado aos seus direitos, por ação ou omissão, será punido na forma da lei.
§ 1º É dever de todos prevenir a ameaça ou violação aos direitos do idoso.
§ 2º As obrigações previstas nesta Lei não excluem da prevenção outras decorrentes dos
princípios por ela adotados.
Art. 5º A inobservância das normas de prevenção importará em responsabilidade à pessoa física ou jurídica nos termos da lei.
Art. 6º Todo cidadão tem o dever de comunicar à autoridade competente qualquer forma de violação a esta Lei que tenha testemunhado ou de que tenha conhecimento.
Art. 7º Os Conselhos Nacional, Estaduais, do Distrito Federal e Municipais do Idoso, previstos na Lei nº 8.842, de 4 de janeiro de 1994, zelarão pelo cumprimento dos direitos do idoso, definidos nesta Lei.
TÍTULO II
DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS
CAPÍTULO I
DO DIREITO À VIDA
Art. 8º O envelhecimento é um direito personalíssimo e a sua proteção um direito social, nos termos desta Lei e da legislação vigente.
Art. 9º É obrigação do Estado, garantir à pessoa idosa a proteção à vida e à saúde, mediante efetivação de políticas sociais públicas que permitam um envelhecimento saudável e em condições de dignidade.
CAPÍTULO II
DO DIREITO À LIBERDADE, AO RESPEITO E À DIGNIDADE
Art. 10. É obrigação do Estado e da sociedade, assegurar à pessoa idosa a liberdade, o respeito e a dignidade, como pessoa humana e sujeito de direitos civis, políticos, individuais e sociais, garantidos na Constituição e nas leis.
§ 1º O direito à liberdade compreende, entre outros, os seguintes aspectos:
I – faculdade de ir, vir e estar nos logradouros públicos e espaços comunitários,
ressalvadas as restrições legais;
II – opinião e expressão;
III – crença e culto religioso;
IV – prática de esportes e de diversões;
V – participação na vida familiar e comunitária;
VI – participação na vida política, na forma da lei;
VII – faculdade de buscar refúgio, auxílio e orientação.
Acrescentado pela lei nº 11.765, de 05.08.08
§ 2º O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral, abrangendo a preservação da imagem, da identidade, da autonomia, de valores, idéias e
crenças, dos espaços e dos objetos pessoais.
§ 3º É dever de todos zelar pela dignidade do idoso, colocando-o a salvo de qualquer tratamento desumano, violento, aterrorizante, vexatório ou constrangedor.
CAPÍTULO III
DOS ALIMENTOS
Art. 11. Os alimentos serão prestados ao idoso na forma da lei civil.
Art. 12. A obrigação alimentar é solidária, podendo o idoso optar entre os prestadores.
Art. 13. As transações relativas a alimentos poderão ser celebradas perante o Promotor de Justiça ou Defensor Público, que as referendará, e passarão a ter efeito de título executivo extrajudicial nos termos da lei processual civil.
Art. 14. Se o idoso ou seus familiares não possuírem condições econômicas de prover o seu
sustento, impõe-se ao Poder Público esse provimento, no âmbito da assistência social.
CAPÍTULO IV
DO DIREITO À SAÚDE
Art. 15. É assegurada a atenção integral à saúde do idoso, por intermédio do Sistema Único de Saúde – SUS, garantindo-lhe o acesso universal e igualitário, em conjunto articulado e contínuo das ações e serviços, para a prevenção, promoção, proteção e recuperação da saúde, incluindo a atenção especial às doenças que afetam preferencialmente os idosos.
§ 1º A prevenção e a manutenção da saúde do idoso serão efetivadas por meio de:
I – cadastramento da população idosa em base territorial;
II – atendimento geriátrico e gerontológico em ambulatórios;
III – unidades geriátricas de referência, com pessoal especializado nas áreas de
geriatria e gerontologia social;
IV – atendimento domiciliar, incluindo a internação, para a população que dele
necessitar e esteja impossibilitada de se locomover, inclusive para idosos abrigados e
acolhidos por instituições públicas, filantrópicas ou sem fins lucrativos e
eventualmente conveniadas com o Poder Público, nos meios urbano e rural;
V – reabilitação orientada pela geriatria e gerontologia, para redução das seqüelas
decorrentes do agravo da saúde.
§ 2º Incumbe ao Poder Público fornecer aos idosos, gratuitamente, medicamentos,
especialmente os de uso continuado, assim como próteses, órteses e outros recursos
relativos ao tratamento, habilitação ou reabilitação.
§ 3º É vedada a discriminação do idoso nos planos de saúde pela cobrança de valores diferenciados em razão da idade.
§ 4º Os idosos portadores de deficiência ou com limitação incapacitante terão atendimento
especializado, nos termos da lei.
Com redação dada pela Lei 11.737, de 14.07.08
Redação anterior: Art. 13. As transações relativas a alimentos poderão ser celebradas perante o Promotor de Justiça, que as referendará, e passarão a ter efeito de título executivo extrajudicial nos termos da lei processual civil.
Art. 16. Ao idoso internado ou em observação é assegurado o direito a acompanhante, devendo o órgão de saúde proporcionar as condições adequadas para a sua permanência em tempo integral, segundo o critério médico.
Parágrafo único. Caberá ao profissional de saúde responsável pelo tratamento conceder
autorização para o acompanhamento do idoso ou, no caso de impossibilidade, justificá-la
por escrito.
Art. 17. Ao idoso que esteja no domínio de suas faculdades mentais é assegurado o direito de optar pelo tratamento de saúde que lhe for reputado mais favorável.
Parágrafo único. Não estando o idoso em condições de proceder à opção, esta será feita:
I – pelo curador, quando o idoso for interditado;
II – pelos familiares, quando o idoso não tiver curador ou este não puder ser
contactado em tempo hábil;
III – pelo médico, quando ocorrer iminente risco de vida e não houver tempo hábil para
consulta a curador ou familiar;
IV – pelo próprio médico, quando não houver curador ou familiar conhecido, caso em
que deverá comunicar o fato ao Ministério Público.
Art. 18. As instituições de saúde devem atender aos critérios mínimos para o atendimento às necessidades do idoso, promovendo o treinamento e a capacitação dos profissionais, assim como orientação a cuidadores familiares e grupos de auto-ajuda.
Art. 19. Os casos de suspeita ou confirmação de maus-tratos contra idoso serão
obrigatoriamente comunicados pelos profissionais de saúde a quaisquer dos seguintes órgãos:
I – autoridade policial;
II – Ministério Público;
III – Conselho Municipal do Idoso;
IV – Conselho Estadual do Idoso;
V – Conselho Nacional do Idoso.
CAPÍTULO V
DA EDUCAÇÃO, CULTURA, ESPORTE E LAZER
Art. 20. O idoso tem direito a educação, cultura, esporte, lazer, diversões, espetáculos, produtos e serviços que respeitem sua peculiar condição de idade.
Art. 21. O Poder Público criará oportunidades de acesso do idoso à educação, adequando currículos, metodologias e material didático aos programas educacionais a ele destinados.
§ 1º Os cursos especiais para idosos incluirão conteúdo relativo às técnicas de comunicação, computação e demais avanços tecnológicos, para sua integração à vida
moderna.
§ 2º Os idosos participarão das comemorações de caráter cívico ou cultural, para
transmissão de conhecimentos e vivências às demais gerações, no sentido da preservação da memória e da identidade culturais.
Art. 22. Nos currículos mínimos dos diversos níveis de ensino formal serão inseridos conteúdos voltados ao processo de envelhecimento, ao respeito e à valorização do idoso, de forma a eliminar o preconceito e a produzir conhecimentos sobre a matéria.
Art. 23. A participação dos idosos em atividades culturais e de lazer será proporcionada mediante descontos de pelo menos 50% (cinqüenta por cento) nos ingressos para eventos artísticos, culturais, esportivos e de lazer, bem como o acesso preferencial aos respectivos locais.
Art. 24. Os meios de comunicação manterão espaços ou horários especiais voltados aos idosos, com finalidade informativa, educativa, artística e cultural, e ao público sobre o processo de envelhecimento.
Art. 25. O Poder Público apoiará a criação de universidade aberta para as pessoas idosas e
incentivará a publicação de livros e periódicos, de conteúdo e padrão editorial adequados ao idoso, que facilitem a leitura, considerada a natural redução da capacidade visual.
CAPÍTULO VI
DA PROFISSIONALIZAÇÃO E DO TRABALHO
Art. 26. O idoso tem direito ao exercício de atividade profissional, respeitadas suas condições físicas, intelectuais e psíquicas.
Art. 27. Na admissão do idoso em qualquer trabalho ou emprego, é vedada a discriminação e a fixação de limite máximo de idade, inclusive para concursos, ressalvados os casos em que a natureza do cargo o exigir.
Parágrafo único. O primeiro critério de desempate em concurso público será a idade,dando-se preferência ao de idade mais elevada.
Art. 28. O Poder Público criará e estimulará programas de:
I – profissionalização especializada para os idosos, aproveitando seus potenciais e
habilidades para atividades regulares e remuneradas;
II – preparação dos trabalhadores para a aposentadoria, com antecedência mínima de
1 (um) ano, por meio de estímulo a novos projetos sociais, conforme seus interesses,
e de esclarecimento sobre os direitos sociais e de cidadania;
III – estímulo às empresas privadas para admissão de idosos ao trabalho.
CAPÍTULO VII
DA PREVIDÊNCIA SOCIAL
Art. 29. Os benefícios de aposentadoria e pensão do Regime Geral da Previdência Social observarão, na sua concessão, critérios de cálculo que preservem o valor real dos salários sobre os quais incidiram contribuição, nos termos da legislação vigente.
Parágrafo único. Os valores dos benefícios em manutenção serão reajustados na mesma
data de reajuste do salário-mínimo, pro rata, de acordo com suas respectivas datas de início ou do seu último reajustamento, com base em percentual definido em regulamento, observados os critérios estabelecidos pela Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991.
Art. 30. A perda da condição de segurado não será considerada para a concessão da aposentadoria por idade, desde que a pessoa conte com, no mínimo, o tempo de contribuição correspondente ao exigido para efeito de carência na data de requerimento do benefício.
Parágrafo único. O cálculo do valor do benefício previsto no caput observará o disposto no
caput e § 2º do art. 3º da Lei nº 9.876, de 26 de novembro de 1999, ou, não havendo salários-de-contribuição recolhidos a partir da competência de julho de 1994, o disposto no art. 35 da Lei nº 8.213, de 1991.
Art. 31. O pagamento de parcelas relativas a benefícios, efetuado com atraso por
responsabilidade da Previdência Social, será atualizado pelo mesmo índice utilizado para os reajustamentos dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social, verificado no período compreendido entre o mês que deveria ter sido pago e o mês do efetivo pagamento.
Art. 32. O Dia Mundial do Trabalho, 1º de Maio, é a data-base dos aposentados e pensionistas.
CAPÍTULO VIII
DA ASSISTÊNCIA SOCIAL
Art. 33. A assistência social aos idosos será prestada, de forma articulada, conforme os princípios e diretrizes previstos na Lei Orgânica da Assistência Social, na Política Nacional do Idoso, no Sistema Único de Saúde e demais normas pertinentes.
Art. 34. Aos idosos, a partir de 65 (sessenta e cinco) anos, que não possuam meios para prover sua subsistência, nem de tê-la provida por sua família, é assegurado o benefício mensal de 1 (um) salário-mínimo, nos termos da Lei Orgânica da Assistência Social – Loas.
Parágrafo único. O benefício já concedido a qualquer membro da família nos termos do caput não será computado para os fins do cálculo da renda familiar per capita a que se
refere a Loas.
Art. 35. Todas as entidades de longa permanência, ou casa-lar, são obrigadas a firmar contrato de prestação de serviços com a pessoa idosa abrigada.
§ 1º No caso de entidades filantrópicas, ou casa-lar, é facultada a cobrança de
participação do idoso no custeio da entidade.
§ 2º O Conselho Municipal do Idoso ou o Conselho Municipal da Assistência Social
estabelecerá a forma de participação prevista no § 1º, que não poderá exceder a 70% (setenta por cento) de qualquer benefício previdenciário ou de assistência social percebido pelo idoso.
§ 3º Se a pessoa idosa for incapaz, caberá a seu representante legal firmar o contrato a
que se refere o caput deste artigo.
Art. 36. O acolhimento de idosos em situação de risco social, por adulto ou núcleo familiar, caracteriza a dependência econômica, para os efeitos legais.
CAPÍTULO IX
DA HABITAÇÃO
Art. 37. O idoso tem direito a moradia digna, no seio da família natural ou substituta, ou desacompanhado de seus familiares, quando assim o desejar, ou, ainda, em instituição pública ou privada.
§ 1º A assistência integral na modalidade de entidade de longa permanência será prestada
quando verificada inexistência de grupo familiar, casa-lar, abandono ou carência de
recursos financeiros próprios ou da família.
§ 2º Toda instituição dedicada ao atendimento ao idoso fica obrigada a manter
identificação externa visível, sob pena de interdição, além de atender toda a legislação pertinente.
§ 3º As instituições que abrigarem idosos são obrigadas a manter padrões de habitação
compatíveis com as necessidades deles, bem como provê-los com alimentação regular e
higiene indispensáveis às normas sanitárias e com estas condizentes, sob as penas da lei.
Art. 38. Nos programas habitacionais, públicos ou subsidiados com recursos públicos, o idoso goza de prioridade na aquisição de imóvel para moradia própria, observado o seguinte:
I – reserva de 3% (três por cento) das unidades residenciais para atendimento aos
idosos;
II – implantação de equipamentos urbanos comunitários voltados ao idoso;
III – eliminação de barreiras arquitetônicas e urbanísticas, para garantia de acessibilidade ao idoso;
IV – critérios de financiamento compatíveis com os rendimentos de aposentadoria e pensão.
CAPÍTULO X
DO TRANSPORTE
Art. 39. Aos maiores de 65 (sessenta e cinco) anos fica assegurada a gratuidade dos
transportes coletivos públicos urbanos e semi-urbanos, exceto nos serviços seletivos e especiais, quando prestados paralelamente aos serviços regulares.
§ 1º Para ter acesso à gratuidade, basta que o idoso apresente qualquer documento
pessoal que faça prova de sua idade.
§ 2º Nos veículos de transporte coletivo de que trata este artigo, serão reservados 10%
(dez por cento) dos assentos para os idosos, devidamente identificados com a placa de
reservado preferencialmente para idosos.
§ 3º No caso das pessoas compreendidas na faixa etária entre 60 (sessenta) e 65
(sessenta e cinco) anos, ficará a critério da legislação local dispor sobre as condições para
exercício da gratuidade nos meios de transporte previstos no caput deste artigo.
Art. 40. No sistema de transporte coletivo interestadual observar-se-á, nos termos da legislação específica:
I – a reserva de 2 (duas) vagas gratuitas por veículo para idosos com renda igual ou inferior a 2 (dois) salários-mínimos;
II – desconto de 50% (cinqüenta por cento), no mínimo, no valor das passagens, para os idosos que excederem as vagas gratuitas, com renda igual ou inferior a 2 (dois)
salários-mínimos.
Parágrafo único. Caberá aos órgãos competentes definir os mecanismos e os critérios
para o exercício dos direitos previstos nos incisos I e II.
Art. 41. É assegurada a reserva, para os idosos, nos termos da lei local, de 5% (cinco por cento) das vagas nos estacionamentos públicos e privados, as quais deverão ser posicionadas de forma a garantir a melhor comodidade ao idoso.
Art. 42. É assegurada a prioridade do idoso no embarque no sistema de transporte coletivo.
TÍTULO III
DAS MEDIDAS DE PROTEÇÃO
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 43. As medidas de proteção ao idoso são aplicáveis sempre que os direitos reconhecidos nesta Lei forem ameaçados ou violados:
I – por ação ou omissão da sociedade ou do Estado;
II – por falta, omissão ou abuso da família, curador ou entidade de atendimento;
III – em razão de sua condição pessoal.
CAPÍTULO II
DAS MEDIDAS ESPECÍFICAS DE PROTEÇÃO
Art. 44. As medidas de proteção ao idoso previstas nesta Lei poderão ser aplicadas, isolada ou cumulativamente, e levarão em conta os fins sociais a que se destinam e o fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários.
Art. 45. Verificada qualquer das hipóteses previstas no art. 43, o Ministério Público ou o Poder Judiciário, a requerimento daquele, poderá determinar, dentre outras, as seguintes medidas:
I – encaminhamento à família ou curador, mediante termo de responsabilidade;
II – orientação, apoio e acompanhamento temporários;
III – requisição para tratamento de sua saúde, em regime ambulatorial, hospitalar ou domiciliar;
IV – inclusão em programa oficial ou comunitário de auxílio, orientação e tratamento a usuários dependentes de drogas lícitas ou ilícitas, ao próprio idoso ou à pessoa de
sua convivência que lhe cause perturbação;
V – abrigo em entidade;
VI – abrigo temporário.
TÍTULO IV
DA POLÍTICA DE ATENDIMENTO AO IDOSO
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 46. A política de atendimento ao idoso far-se-á por meio do conjunto articulado de ações governamentais e não-governamentais da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
Art. 47. São linhas de ação da política de atendimento:
I – políticas sociais básicas, previstas na Lei nº 8.842, de 4 de janeiro de 1994;
II – políticas e programas de assistência social, em caráter supletivo, para aqueles que necessitarem;
III – serviços especiais de prevenção e atendimento às vítimas de negligência, maus-tratos, exploração, abuso, crueldade e opressão;
IV – serviço de identificação e localização de parentes ou responsáveis por idosos abandonados em hospitais e instituições de longa permanência;
V – proteção jurídico-social por entidades de defesa dos direitos dos idosos;
VI – mobilização da opinião pública no sentido da participação dos diversos segmentos da sociedade no atendimento do idoso.
CAPÍTULO II
DAS ENTIDADES DE ATENDIMENTO AO IDOSO
Art. 48. As entidades de atendimento são responsáveis pela manutenção das próprias
unidades, observadas as normas de planejamento e execução emanadas do órgão competente da Política Nacional do Idoso, conforme a Lei nº 8.842, de 1994.
Parágrafo único. As entidades governamentais e não-governamentais de assistência ao idoso ficam sujeitas à inscrição de seus programas, junto ao órgão competente da
Vigilância Sanitária e Conselho Municipal da Pessoa Idosa, e em sua falta, junto ao
Conselho Estadual ou Nacional da Pessoa Idosa, especificando os regimes de atendimento, observados os seguintes requisitos:
I – oferecer instalações físicas em condições adequadas de habitabilidade, higiene, salubridade e segurança;
II – apresentar objetivos estatutários e plano de trabalho compatíveis com os princípios desta Lei;
III – estar regularmente constituída;
IV – demonstrar a idoneidade de seus dirigentes.
Art. 49. As entidades que desenvolvam programas de institucionalização de longa permanência adotarão os seguintes princípios:
I – preservação dos vínculos familiares;
II – atendimento personalizado e em pequenos grupos;
III – manutenção do idoso na mesma instituição, salvo em caso de força maior;
IV – participação do idoso nas atividades comunitárias, de caráter interno e externo;
V – observância dos direitos e garantias dos idosos;
VI – preservação da identidade do idoso e oferecimento de ambiente de respeito e dignidade.
Parágrafo único. O dirigente de instituição prestadora de atendimento ao idoso responderá
civil e criminalmente pelos atos que praticar em detrimento do idoso, sem prejuízo das sanções administrativas.
Art. 50. Constituem obrigações das entidades de atendimento:
I – celebrar contrato escrito de prestação de serviço com o idoso, especificando o tipo de atendimento, as obrigações da entidade e prestações decorrentes do contrato, com os respectivos preços, se for o caso;
II – observar os direitos e as garantias de que são titulares os idosos;
III – fornecer vestuário adequado, se for pública, e alimentação suficiente;
IV – oferecer instalações físicas em condições adequadas de habitabilidade;
V – oferecer atendimento personalizado;
VI – diligenciar no sentido da preservação dos vínculos familiares;
VII – oferecer acomodações apropriadas para recebimento de visitas;
VIII – proporcionar cuidados à saúde, conforme a necessidade do idoso;
IX – promover atividades educacionais, esportivas, culturais e de lazer;
X – propiciar assistência religiosa àqueles que desejarem, de acordo com suas crenças;
XI – proceder a estudo social e pessoal de cada caso;
XII – comunicar à autoridade competente de saúde toda ocorrência de idoso portador
de doenças infecto-contagiosas;
XIII – providenciar ou solicitar que o Ministério Público requisite os documentos necessários ao exercício da cidadania àqueles que não os tiverem, na forma da lei;
XIV – fornecer comprovante de depósito dos bens móveis que receberem dos idosos;
XV – manter arquivo de anotações onde constem data e circunstâncias do atendimento, nome do idoso, responsável, parentes, endereços, cidade, relação de
seus pertences, bem como o valor de contribuições, e suas alterações, se houver, e demais dados que possibilitem sua identificação e a individualização do atendimento;
XVI – comunicar ao Ministério Público, para as providências cabíveis, a situação de abandono moral ou material por parte dos familiares;
XVII – manter no quadro de pessoal profissionais com formação específica.
Art. 51. As instituições filantrópicas ou sem fins lucrativos prestadoras de serviço ao idoso terão direito à assistência judiciária gratuita.
CAPÍTULO III
DA FISCALIZAÇÃO DAS ENTIDADES DE ATENDIMENTO
Art. 52. As entidades governamentais e não-governamentais de atendimento ao idoso serão fiscalizadas pelos Conselhos do Idoso, Ministério Público, Vigilância Sanitária e outros previstos em lei.
Art. 53. O art. 7º da Lei nº 8.842, de 1994, passa a vigorar com a seguinte redação:
"Art. 7º Compete aos Conselhos de que trata o art. 6º desta Lei a supervisão, o acompanhamento, a fiscalização e a avaliação da política nacional do idoso, no âmbito das respectivas instâncias político-administrativas."
Art. 54. Será dada publicidade das prestações de contas dos recursos públicos e privados recebidos pelas entidades de atendimento.
Art. 55. As entidades de atendimento que descumprirem as determinações desta Lei ficarão sujeitas, sem prejuízo da responsabilidade civil e criminal de seus dirigentes ou prepostos, às seguintes penalidades, observado o devido processo legal:
I – as entidades governamentais:
a) advertência;
b) afastamento provisório de seus dirigentes;
c) afastamento definitivo de seus dirigentes;
d) fechamento de unidade ou interdição de programa;
II – as entidades não-governamentais:
a) advertência;
b) multa;
c) suspensão parcial ou total do repasse de verbas públicas;
d) interdição de unidade ou suspensão de programa;
e) proibição de atendimento a idosos a bem do interesse público.
§ 1º Havendo danos aos idosos abrigados ou qualquer tipo de fraude em relação ao programa, caberá o afastamento provisório dos dirigentes ou a interdição da unidade e a suspensão do programa.
§ 2º A suspensão parcial ou total do repasse de verbas públicas ocorrerá quando verificada a má aplicação ou desvio de finalidade dos recursos.
§ 3º Na ocorrência de infração por entidade de atendimento, que coloque em risco os direitos assegurados nesta Lei, será o fato comunicado ao Ministério Público, para as providências cabíveis, inclusive para promover a suspensão das atividades ou dissolução da entidade, com a proibição de atendimento a idosos a bem do interesse público, sem
prejuízo das providências a serem tomadas pela Vigilância Sanitária.
§ 4º Na aplicação das penalidades, serão consideradas a natureza e a gravidade da
infração cometida, os danos que dela provierem para o idoso, as circunstâncias
agravantes ou atenuantes e os antecedentes da entidade.
CAPÍTULO IV
DAS INFRAÇÕES ADMINISTRATIVAS
Art. 56. Deixar a entidade de atendimento de cumprir as determinações do art. 50 desta Lei:
Pena – multa de R$ 500,00 (quinhentos reais) a R$ 3.000,00 (três mil reais), se o fato não for caracterizado como crime, podendo haver a interdição do estabelecimento até que sejam cumpridas as exigências legais.
Parágrafo único. No caso de interdição do estabelecimento de longa permanência, os idosos abrigados serão transferidos para outra instituição, a expensas do estabelecimento interditado, enquanto durar a interdição.
Art. 57. Deixar o profissional de saúde ou o responsável por estabelecimento de saúde ou instituição de longa permanência de comunicar à autoridade competente os casos de crimes contra idoso de que tiver conhecimento:
Pena – multa de R$ 500,00 (quinhentos reais) a R$ 3.000,00 (três mil reais), aplicada em dobro no caso de reincidência.
Art. 58. Deixar de cumprir as determinações desta Lei sobre a prioridade no atendimento ao idoso:
Pena – multa de R$ 500,00 (quinhentos reais) a R$ 1.000,00 (um mil reais) e multa civil a ser estipulada pelo juiz, conforme o dano sofrido pelo idoso.
CAPÍTULO V
DA APURAÇÃO ADMINISTRATIVA DE INFRAÇÃO
ÀS NORMAS DE PROTEÇÃO AO IDOSO
Art. 59. Os valores monetários expressos no Capítulo IV serão atualizados anualmente, na forma da lei.
Art. 60. O procedimento para a imposição de penalidade administrativa por infração às normas de proteção ao idoso terá início com requisição do Ministério Público ou auto de infração elaborado por servidor efetivo e assinado, se possível, por duas testemunhas.
§ 1º No procedimento iniciado com o auto de infração poderão ser usadas fórmulas
impressas, especificando-se a natureza e as circunstâncias da infração.
§ 2º Sempre que possível, à verificação da infração seguir-se-á a lavratura do auto, ou este será lavrado dentro de 24 (vinte e quatro) horas, por motivo justificado.
Art. 61. O autuado terá prazo de 10 (dez) dias para a apresentação da defesa, contado da data da intimação, que será feita:
I – pelo autuante, no instrumento de autuação, quando for lavrado na presença do
infrator;
II – por via postal, com aviso de recebimento.
Art. 62. Havendo risco para a vida ou à saúde do idoso, a autoridade competente aplicará à entidade de atendimento as sanções regulamentares, sem prejuízo da iniciativa e das providências que vierem a ser adotadas pelo Ministério Público ou pelas demais instituições legitimadas para a fiscalização.
Art. 63. Nos casos em que não houver risco para a vida ou a saúde da pessoa idosa abrigada, a autoridade competente aplicará à entidade de atendimento as sanções regulamentares, sem prejuízo da iniciativa e das providências que vierem a ser adotadas pelo Ministério Público ou pelas demais instituições legitimadas para a fiscalização.
CAPÍTULO VI
DA APURAÇÃO JUDICIAL DE IRREGULARIDADES
EM ENTIDADE DE ATENDIMENTO
Art. 64. Aplicam-se, subsidiariamente, ao procedimento administrativo de que trata este Capítulo as disposições das Leis nos 6.437, de 20 de agosto de 1977, e 9.784, de 29 de janeiro de 1999.
Art. 65. O procedimento de apuração de irregularidade em entidade governamental e não-governamental de atendimento ao idoso terá início mediante petição fundamentada de pessoa interessada ou iniciativa do Ministério Público.
Art. 66. Havendo motivo grave, poderá a autoridade judiciária, ouvido o Ministério Público, decretar liminarmente o afastamento provisório do dirigente da entidade ou outras medidas que julgar adequadas, para evitar lesão aos direitos do idoso, mediante decisão fundamentada.
Art. 67. O dirigente da entidade será citado para, no prazo de 10 (dez) dias, oferecer resposta escrita, podendo juntar documentos e indicar as provas a produzir.
Art. 68. Apresentada a defesa, o juiz procederá na conformidade do art. 69 ou, se necessário, designará audiência de instrução e julgamento, deliberando sobre a necessidade de produção de outras provas.
§ 1º Salvo manifestação em audiência, as partes e o Ministério Público terão 5 (cinco) dias
para oferecer alegações finais, decidindo a autoridade judiciária em igual prazo.
§ 2º Em se tratando de afastamento provisório ou definitivo de dirigente de entidade governamental, a autoridade judiciária oficiará a autoridade administrativa imediatamente superior ao afastado, fixando-lhe prazo de 24 (vinte e quatro) horas para proceder à substituição.
§ 3º Antes de aplicar qualquer das medidas, a autoridade judiciária poderá fixar prazo para a remoção das irregularidades verificadas. Satisfeitas as exigências, o processo será
extinto, sem julgamento do mérito.
§ 4º A multa e a advertência serão impostas ao dirigente da entidade ou ao responsável pelo programa de atendimento.
TÍTULO V
DO ACESSO À JUSTIÇA
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 69. Aplica-se, subsidiariamente, às disposições deste Capítulo, o procedimento sumário previsto no Código de Processo Civil, naquilo que não contrarie os prazos previstos nesta Lei.
Art. 70. O Poder Público poderá criar varas especializadas e exclusivas do idoso.
Art. 71. É assegurada prioridade na tramitação dos processos e procedimentos e na execução
dos atos e diligências judiciais em que figure como parte ou interveniente pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos, em qualquer instância.
§ 1º O interessado na obtenção da prioridade a que alude este artigo, fazendo prova de
sua idade, requererá o benefício à autoridade judiciária competente para decidir o feito, que determinará as providências a serem cumpridas, anotando-se essa circunstância em local visível nos autos do processo.
§ 2º A prioridade não cessará com a morte do beneficiado, estendendo-se em favor do cônjuge supérstite, companheiro ou companheira, com união estável, maior de 60
(sessenta) anos.
§ 3º A prioridade se estende aos processos e procedimentos na Administração Pública,
empresas prestadoras de serviços públicos e instituições financeiras, ao atendimento
preferencial junto à Defensoria Publica da União, dos Estados e do Distrito Federal em relação aos Serviços de Assistência Judiciária.
§ 4º Para o atendimento prioritário será garantido ao idoso o fácil acesso aos assentos e
caixas, identificados com a destinação a idosos em local visível e caracteres legíveis.
CAPÍTULO II
DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Art. 72. (VETADO)
Art. 73. As funções do Ministério Público, previstas nesta Lei, serão exercidas nos termos da respectiva Lei Orgânica.
Art. 74. Compete ao Ministério Público:
I – instaurar o inquérito civil e a ação civil pública para a proteção dos direitos e
interesses difusos ou coletivos, individuais indisponíveis e individuais homogêneos do
idoso;
II – promover e acompanhar as ações de alimentos, de interdição total ou parcial, de designação de curador especial, em circunstâncias que justifiquem a medida e oficiar em todos os feitos em que se discutam os direitos de idosos em condições de risco;
III – atuar como substituto processual do idoso em situação de risco, conforme o disposto no art. 43 desta Lei;
IV – promover a revogação de instrumento procuratório do idoso, nas hipóteses previstas no art. 43 desta Lei, quando necessário ou o interesse público justificar;
V – instaurar procedimento administrativo e, para instruí-lo:
a) expedir notificações, colher depoimentos ou esclarecimentos e, em caso de não comparecimento injustificado da pessoa notificada, requisitar condução coercitiva, inclusive pela Polícia Civil ou Militar;
b) requisitar informações, exames, perícias e documentos de autoridades municipais, estaduais e federais, da administração direta e indireta, bem como promover inspeções e diligências investigatórias;
c) requisitar informações e documentos particulares de instituições privadas;
VI – instaurar sindicâncias, requisitar diligências investigatórias e a instauração de inquérito policial, para a apuração de ilícitos ou infrações às normas de proteção ao idoso;
VII – zelar pelo efetivo respeito aos direitos e garantias legais assegurados ao idoso, promovendo as medidas judiciais e extrajudiciais cabíveis;
VIII – inspecionar as entidades públicas e particulares de atendimento e os programas de que trata esta Lei, adotando de pronto as medidas administrativas ou judiciais necessárias à remoção de irregularidades porventura verificadas;
IX – requisitar força policial, bem como a colaboração dos serviços de saúde, educacionais e de assistência social, públicos, para o desempenho de suas atribuições;
X – referendar transações envolvendo interesses e direitos dos idosos previstos nesta Lei.
§ 1º A legitimação do Ministério Público para as ações cíveis previstas neste artigo não impede a de terceiros, nas mesmas hipóteses, segundo dispuser a lei.
§ 2º As atribuições constantes deste artigo não excluem outras, desde que compatíveis com a finalidade e atribuições do Ministério Público.
§ 3º O representante do Ministério Público, no exercício de suas funções, terá livre acesso a toda entidade de atendimento ao idoso.
Art. 75. Nos processos e procedimentos em que não for parte, atuará obrigatoriamente o Ministério Público na defesa dos direitos e interesses de que cuida esta Lei, hipóteses em que terá vista dos autos depois das partes, podendo juntar documentos, requerer diligências e produção de outras provas, usando os recursos cabíveis.
Art. 76. A intimação do Ministério Público, em qualquer caso, será feita pessoalmente.
Art. 77. A falta de intervenção do Ministério Público acarreta a nulidade do feito, que será declarada de ofício pelo juiz ou a requerimento de qualquer interessado.
CAPÍTULO III
DA PROTEÇÃO JUDICIAL DOS INTERESSES DIFUSOS, COLETIVOS E INDIVIDUAIS INDISPONÍVEIS OU HOMOGÊNEOS
Art. 78. As manifestações processuais do representante do Ministério Público deverão ser fundamentadas.
Art. 79. Regem-se pelas disposições desta Lei as ações de responsabilidade por ofensa aos
direitos assegurados ao idoso, referentes à omissão ou ao oferecimento insatisfatório de:
I – acesso às ações e serviços de saúde;
II – atendimento especializado ao idoso portador de deficiência ou com limitação
incapacitante;
III – atendimento especializado ao idoso portador de doença infecto-contagiosa;
IV – serviço de assistência social visando ao amparo do idoso.
Parágrafo único. As hipóteses previstas neste artigo não excluem da proteção judicial outros interesses difusos, coletivos, individuais indisponíveis ou homogêneos, próprios do
idoso, protegidos em lei.
Art. 80. As ações previstas neste Capítulo serão propostas no foro do domicílio do idoso, cujo juízo terá competência absoluta para processar a causa, ressalvadas as competências da Justiça Federal e a competência originária dos Tribunais Superiores.
Art. 81. Para as ações cíveis fundadas em interesses difusos, coletivos, individuais
indisponíveis ou homogêneos, consideram-se legitimados, concorrentemente:
I – o Ministério Público;
II – a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios;
III – a Ordem dos Advogados do Brasil;
IV – as associações legalmente constituídas há pelo menos 1 (um) ano e que incluam
entre os fins institucionais a defesa dos interesses e direitos da pessoa idosa,
dispensada a autorização da assembléia, se houver prévia autorização estatutária.
§ 1º Admitir-se-á litisconsórcio facultativo entre os Ministérios Públicos da União e dos Estados na defesa dos interesses e direitos de que cuida esta Lei.
§ 2º Em caso de desistência ou abandono da ação por associação legitimada, o Ministério
Público ou outro legitimado deverá assumir a titularidade ativa.
Art. 82. Para defesa dos interesses e direitos protegidos por esta Lei, são admissíveis todas as espécies de ação pertinentes.
Parágrafo único. Contra atos ilegais ou abusivos de autoridade pública ou agente de
pessoa jurídica no exercício de atribuições de Poder Público, que lesem direito líquido e
certo previsto nesta Lei, caberá ação mandamental, que se regerá pelas normas da lei do
mandado de segurança.
Art. 83. Na ação que tenha por objeto o cumprimento de obrigação de fazer ou não-fazer, o juiz concederá a tutela específica da obrigação ou determinará providências que assegurem o resultado prático equivalente ao adimplemento.
§ 1º Sendo relevante o fundamento da demanda e havendo justificado receio de ineficácia
do provimento final, é lícito ao juiz conceder a tutela liminarmente ou após justificação prévia, na forma do art. 273 do Código de Processo Civil.
§ 2º O juiz poderá, na hipótese do § 1º ou na sentença, impor multa diária ao réu, independentemente do pedido do autor, se for suficiente ou compatível com a obrigação,
fixando prazo razoável para o cumprimento do preceito.
§ 3º A multa só será exigível do réu após o trânsito em julgado da sentença favorável ao
autor, mas será devida desde o dia em que se houver configurado.
Art. 84. Os valores das multas previstas nesta Lei reverterão ao Fundo do Idoso, onde houver, ou na falta deste, ao Fundo Municipal de Assistência Social, ficando vinculados ao atendimento ao idoso.
Parágrafo único. As multas não recolhidas até 30 (trinta) dias após o trânsito em julgado da
decisão serão exigidas por meio de execução promovida pelo Ministério Público, nos
mesmos autos, facultada igual iniciativa aos demais legitimados em caso de inércia
daquele.
Art. 85. O juiz poderá conferir efeito suspensivo aos recursos, para evitar dano irreparável à parte.
Art. 86. Transitada em julgado a sentença que impuser condenação ao Poder Público, o juiz determinará a remessa de peças à autoridade competente, para apuração da responsabilidade
civil e administrativa do agente a que se atribua a ação ou omissão.
Art. 87. Decorridos 60 (sessenta) dias do trânsito em julgado da sentença condenatória favorável ao idoso sem que o autor lhe promova a execução, deverá fazê-lo o Ministério Público, facultada, igual iniciativa aos demais legitimados, como assistentes ou assumindo o pólo ativo, em caso de inércia desse órgão.
Art. 88. Nas ações de que trata este Capítulo, não haverá adiantamento de custas,
emolumentos, honorários periciais e quaisquer outras despesas.
Parágrafo único. Não se imporá sucumbência ao Ministério Público.
Art. 89. Qualquer pessoa poderá, e o servidor deverá, provocar a iniciativa do Ministério Público, prestando-lhe informações sobre os fatos que constituam objeto de ação civil e indicando-lhe os elementos de convicção.
Art. 90. Os agentes públicos em geral, os juízes e tribunais, no exercício de suas funções, quando tiverem conhecimento de fatos que possam configurar crime de ação pública contra idoso ou ensejar a propositura de ação para sua defesa, devem encaminhar as peças pertinentes ao Ministério Público, para as providências cabíveis.
Art. 91. Para instruir a petição inicial, o interessado poderá requerer às autoridades
competentes as certidões e informações que julgar necessárias, que serão fornecidas no prazo de 10 (dez) dias.
Art. 92. O Ministério Público poderá instaurar sob sua presidência, inquérito civil, ou requisitar, de qualquer pessoa, organismo público ou particular, certidões, informações, exames ou perícias, no prazo que assinalar, o qual não poderá ser inferior a 10 (dez) dias.
§ 1º Se o órgão do Ministério Público, esgotadas todas as diligências, se convencer da
inexistência de fundamento para a propositura da ação civil ou de peças informativas, determinará o seu arquivamento, fazendo-o fundamentadamente.
§ 2º Os autos do inquérito civil ou as peças de informação arquivados serão remetidos,
sob pena de se incorrer em falta grave, no prazo de 3 (três) dias, ao Conselho Superior do
Ministério Público ou à Câmara de Coordenação e Revisão do Ministério Público.
§ 3º Até que seja homologado ou rejeitado o arquivamento, pelo Conselho Superior do Ministério Público ou por Câmara de Coordenação e Revisão do Ministério Público, as associações legitimadas poderão apresentar razões escritas ou documentos, que serão juntados ou anexados às peças de informação.
§ 4º Deixando o Conselho Superior ou a Câmara de Coordenação e Revisão do Ministério
Público de homologar a promoção de arquivamento, será designado outro membro do Ministério Público para o ajuizamento da ação.
TÍTULO VI
DOS CRIMES
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 93. Aplicam-se subsidiariamente, no que couber, as disposições da Lei nº 7.347, de 24 de julho de 1985.
Art. 94. Aos crimes previstos nesta Lei, cuja pena máxima privativa de liberdade não ultrapasse 4 (quatro) anos, aplica-se o procedimento previsto na Lei nº 9.099, de 26 de setembro de 1995, e, subsidiariamente, no que couber, as disposições do Código Penal e do Código de Processo Penal.
CAPÍTULO II
DOS CRIMES EM ESPÉCIE
Art. 95. Os crimes definidos nesta Lei são de ação penal pública incondicionada, não se lhes aplicando os arts. 181 e 182 do Código Penal.
Art. 96. Discriminar pessoa idosa, impedindo ou dificultando seu acesso a operações
bancárias, aos meios de transporte, ao direito de contratar ou por qualquer outro meio ou instrumento necessário ao exercício da cidadania, por motivo de idade:
Pena – reclusão de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e multa.
§ 1º Na mesma pena incorre quem desdenhar, humilhar, menosprezar ou discriminar
pessoa idosa, por qualquer motivo.
§ 2º A pena será aumentada de 1/3 (um terço) se a vítima se encontrar sob os cuidados ou
responsabilidade do agente.
Art. 97. Deixar de prestar assistência ao idoso, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, em situação de iminente perigo, ou recusar, retardar ou dificultar sua assistência à saúde, sem justa causa, ou não pedir, nesses casos, o socorro de autoridade pública:
Pena – detenção de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e multa.
Parágrafo único. A pena é aumentada de metade, se da omissão resulta lesão corporal de
natureza grave, e triplicada, se resulta a morte.
Art. 98. Abandonar o idoso em hospitais, casas de saúde, entidades de longa permanência, ou congêneres, ou não prover suas necessidades básicas, quando obrigado por lei ou mandado:
Pena – detenção de 6 (seis) meses a 3 (três) anos e multa.
Art. 99. Expor a perigo a integridade e a saúde, física ou psíquica, do idoso, submetendo-o a condições desumanas ou degradantes ou privando-o de alimentos e cuidados indispensáveis, quando obrigado a fazê-lo, ou sujeitando-o a trabalho excessivo ou inadequado:
Pena – detenção de 2 (dois) meses a 1 (um) ano e multa.
§ 1º Se do fato resulta lesão corporal de natureza grave:
Pena – reclusão de 1 (um) a 4 (quatro) anos.
§ 2º Se resulta a morte:
Pena – reclusão de 4 (quatro) a 12 (doze) anos.
Art. 100. Constitui crime punível com reclusão de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e multa:
I – obstar o acesso de alguém a qualquer cargo público por motivo de idade;
II – negar a alguém, por motivo de idade, emprego ou trabalho;
III – recusar, retardar ou dificultar atendimento ou deixar de prestar assistência à
saúde, sem justa causa, a pessoa idosa;
IV – deixar de cumprir, retardar ou frustrar, sem justo motivo, a execução de ordem
judicial expedida na ação civil a que alude esta Lei;
V – recusar, retardar ou omitir dados técnicos indispensáveis à propositura da ação
civil objeto desta Lei, quando requisitados pelo Ministério Público.
Art. 101. Deixar de cumprir, retardar ou frustrar, sem justo motivo, a execução de ordem judicial expedida nas ações em que for parte ou interveniente o idoso:
Pena – detenção de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e multa.
Art. 102. Apropriar-se de ou desviar bens, proventos, pensão ou qualquer outro rendimento do idoso, dando-lhes aplicação diversa da de sua finalidade:
Pena – reclusão de 1 (um) a 4 (quatro) anos e multa.
Art. 103. Negar o acolhimento ou a permanência do idoso, como abrigado, por recusa deste em outorgar procuração à entidade de atendimento:
Pena – detenção de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e multa.
Art. 104. Reter o cartão magnético de conta bancária relativa a benefícios, proventos ou pensão do idoso, bem como qualquer outro documento com objetivo de assegurar recebimento ou ressarcimento de dívida:
Pena – detenção de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos e multa.
Art. 105. Exibir ou veicular, por qualquer meio de comunicação, informações ou imagens depreciativas ou injuriosas à pessoa do idoso:
Pena – detenção de 1 (um) a 3 (três) anos e multa.
Art. 106. Induzir pessoa idosa sem discernimento de seus atos a outorgar procuração para fins de administração de bens ou deles dispor livremente:
Pena – reclusão de 2 (dois) a 4 (quatro) anos.
Art. 107. Coagir, de qualquer modo, o idoso a doar, contratar, testar ou outorgar procuração:
Pena – reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos.
Art. 108. Lavrar ato notarial que envolva pessoa idosa sem discernimento de seus atos, sem a devida representação legal:
Pena – reclusão de 2 (dois) a 4 (quatro) anos.
TÍTULO VII
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Art. 109. Impedir ou embaraçar ato do representante do Ministério Público ou de qualquer outro agente fiscalizador:
Pena – reclusão de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e multa.
Art. 110. O Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940, Código Penal, passa a vigorar
com as seguintes alterações:
"Art. 61. .............................................................
...........................................................................
II - ......................................................................
...........................................................................
h) contra criança, maior de 60 (sessenta) anos, enfermo ou mulher grávida;
..........................................................................."
"Art. 121. ...........................................................
............................................................................
§ 4º No homicídio culposo, a pena é aumentada de 1/3 (um terço), se o crime resulta de inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de prestar imediato socorro à vítima, não procura diminuir as conseqüências do seu ato, ou foge para evitar prisão em flagrante. Sendo doloso o homicídio, a pena é aumentada de 1/3 (um terço) se o crime é praticado contra pessoa menor de 14 (quatorze) ou maior de 60 (sessenta) anos.
........................................................................."
"Art. 133. .........................................................
.........................................................................
§ 3º .....................................................................
............................................................................
III – se a vítima é maior de 60 (sessenta) anos."
"Art. 140. ............................................................
............................................................................
§ 3º Se a injúria consiste na utilização de elementos referentes a raça, cor, etnia,religião, origem ou a condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência:
............................................................................
"Art. 141. ............................................................
............................................................................
IV – contra pessoa maior de 60 (sessenta) anos ou portadora de deficiência, exceto no caso de injúria.
..........................................................................."
"Art. 148. ...........................................................
............................................................................
§ 1º.....................................................................
I – se a vítima é ascendente, descendente, cônjuge do agente ou maior de 60 (sessenta) anos.
............................................................................"
"Art. 159..............................................................
............................................................................
§ 1º Se o seqüestro dura mais de 24 (vinte e quatro) horas, se o seqüestrado é menor de 18 (dezoito) ou maior de 60 (sessenta) anos, ou se o crime é cometido por bando ou quadrilha.
............................................................................"
"Art. 183..............................................................
............................................................................
III – se o crime é praticado contra pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos."
"Art. 244. Deixar, sem justa causa, de prover a subsistência do cônjuge, ou de filho menor de 18 (dezoito) anos ou inapto para o trabalho, ou de ascendente inválido ou maior de 60 (sessenta) anos, não lhes proporcionando os recursos necessários ou faltando ao pagamento de pensão alimentícia judicialmente acordada, fixada ou majorada; deixar, sem justa causa, de socorrer descendente ou ascendente, gravemente enfermo:
............................................................................"
Art. 111. O art. 21 do Decreto-Lei nº 3.688, de 3 de outubro de 1941, Lei das Contravenções
Penais, passa a vigorar acrescido do seguinte parágrafo único:
"Art. 21................................................................
............................................................................
Parágrafo único. Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) até a metade se a vítima é
maior de 60 (sessenta) anos."
Art. 112. O inciso II do § 4º do art. 1º da Lei nº 9.455, de 7 de abril de 1997, passa a vigorar com a seguinte redação:
"Art. 1º ................................................................
............................................................................
§ 4º .....................................................................
II – se o crime é cometido contra criança, gestante, portador de deficiência, adolescente ou maior de 60 (sessenta) anos;
............................................................................"
Art. 113. O inciso III do art. 18 da Lei nº 6.368, de 21 de outubro de 1976, passa a vigorar com a seguinte redação:
"Art. 18................................................................
............................................................................
III – se qualquer deles decorrer de associação ou visar a menores de 21 (vinte e um) anos ou a pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos ou a quem tenha, por qualquer causa, diminuída ou suprimida a capacidade de discernimento ou de autodeterminação:
............................................................................"
Art. 114. O art. 1º da Lei nº 10.048, de 8 de novembro de 2000, passa a vigorar com a seguinte redação:
"Art. 1º As pessoas portadoras de deficiência, os idosos com idade igual ou superior a 60
(sessenta) anos, as gestantes, as lactantes e as pessoas acompanhadas por crianças de colo terão atendimento prioritário, nos termos desta Lei."
Art. 115. O Orçamento da Seguridade Social destinará ao Fundo Nacional de Assistência Social, até que o Fundo Nacional do Idoso seja criado, os recursos necessários, em cada exercício financeiro, para aplicação em programas e ações relativos ao idoso.
Art. 116. Serão incluídos nos censos demográficos dados relativos à população idosa do País.
Art. 117. O Poder Executivo encaminhará ao Congresso Nacional projeto de lei revendo os critérios de concessão do Benefício de Prestação Continuada previsto na Lei Orgânica da Assistência Social, de forma a garantir que o acesso ao direito seja condizente com o estágio de desenvolvimento sócio-econômico alcançado pelo País.
Art. 118. Esta Lei entra em vigor decorridos 90 (noventa) dias da sua publicação, ressalvado o disposto no caput do art. 36, que vigorará a partir de 1º de janeiro de 2004.
Brasília, 1º de outubro de 2003; 182º da Independência e 115º da República.
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
Márcio Thomaz Bastos
Antonio Palocci Filho
Rubem Fonseca Filho
Humberto Sérgio Costa LIma
Guido Mantega
Ricardo José Ribeiro Berzoini
Benedita Souza da Silva Sampaio
Álvaro Augusto Ribeiro Costa
Este texto não substitui o publicado no D.O.U. de 3.10.2003
ESTATUTO DA LAGERPE
Estatuto da Associação Civil
Capítulo I – Da liga e seus fins
Artigo 1o: A Liga Acadêmica de Geriatria e Gerontologia de Pernambuco, doravante denominada LAGERPE, é uma entidade de direito privado, apartidário, filantrópico, sem fins lucrativos, de caráter multidisciplinar, fundada em 13 de setembro de 2006 com sede administrativa lotada no Diretório Acadêmico Umberto Câmara Neto (DAMUC) da Universidade Federal de Pernambuco. Endereço: Rua Professor Moraes Rego, s/nº - Cidade Universitária CEP: 50670-420 Recife-PE. CNPJ: 042165050001-49.
Artigo 2o: A Liga Acadêmica de Geriatria e Gerontologia de Pernambuco (LAGERPE) estará vinculada ao Diretório Acadêmico de Medicina Umberto Câmara Neto (DAMUC) da Universidade Federal de Pernambuco e respeitará a política de financiamento desse Diretório Acadêmico.
Artigo 3o: A LAGERPE é uma associação com prazo indeterminado de duração.
Artigo 4o: Fica estabelecido o Foro da Comarca do Recife-PE, para dirimir quaisquer questões judiciais que envolvam esta associação.
Artigo 5o: A Associação tem por objetivos:
§ 1o – Proporcionar o desenvolvimento de seus integrantes no que diz respeito à saúde do idoso, com orientação de profissionais da área de Geriatria e Gerontologia.
I. Orientação didática por profissionais da área, ministrada através de aulas, palestras, seminários, etc..
II. Formação de grupos de estudo na área do envelhecimento.
Artigo 5o: A Associação tem por objetivos:
§ 1o – Proporcionar o desenvolvimento de seus integrantes no que diz respeito à saúde do idoso, com orientação de profissionais da área de Geriatria e Gerontologia.
I. Orientação didática por profissionais da área, ministrada através de aulas, palestras, seminários, etc..
II. Formação de grupos de estudo na área do envelhecimento.
III. Orientação científica por profissionais da área, para os integrantes da liga interessados em desenvolver pesquisas no campo da Geriatria e Gerontologia.
IV. Desenvolver pesquisas científicas, publicar e apresentar seus resultados.
IV. Desenvolver pesquisas científicas, publicar e apresentar seus resultados.
V. Proporcionar o contato dos integrantes da LAGERPE com a população da terceira idade.
§ 2o – Promover atividades nas comunidades que envolvam prevenção, educação e assistência à saúde.
§ 3o – Promover ações solidárias em instituições voltadas para os idosos.
§ 4o – Estender o conhecimento geriátrico e gerontológico aos demais estudantes não associados a LAGERPE através de cursos, palestras e seminários.
Capítulo II – Dos membros e seu funcionamento
Artigo 6o: A Liga Acadêmica de Geriatria e Gerontologia de Pernambuco tem as seguintes categorias de membros: efetivo, orientador, colaborador.
Artigo 7o: O número de vagas anuais oferecidas pela LAGERPE será determinado em Assembléia Geral, por maioria simples.
Artigo 8o: A admissão de novos membros será realizada anualmente através de processo seletivo (ficha de inscrição, entrevista, participação nos cursos de capacitação organizados pela LAGERPE e/ou prova), no qual o acadêmico estará se comprometendo a respeitar o presente estatuto. Cada atividade terá sua devida pontuação, a ser decidida pelo grupo, em reunião ampliada da Diretoria, no período de organização do processo seletivo.
§ 1o – Um Conselho de Avaliação, de composição decidida em reunião ordinária, formado por membros efetivos e/ou orientadores e/ou membros colaboradores da LAGERPE irá avaliar o interesse do acadêmico durante a entrevista, podendo não aceitar sua admissão na Liga.
§ 2o – A seleção de novos membros poderá ser antecipada ou adiada de acordo com decisões tomada em Assembléia por maioria simples.
§ 3o – Qualquer acadêmico, independente de curso, faculdade ou universidade, poderá se candidatar às vagas da Liga que serão divulgadas em edital. Exige-se, entretanto, que o(a) estudante, se for do curso médico, já tenha pago todo o conteúdo de semiologia. Caso o(a) estudante seja de outro curso esse poderá ser integrante da LAGERPE participando das atividades na área de Gerontologia, visto que as atividades geriátricas são restritas aos acadêmicos de medicina que tenham pago Semiologia. Caso haja possibilidade de atividades práticas para estudantes de cursos diversos da Medicina, essas serão organizadas de modo que as habilidades necessárias para desempenhá-las sejam discutidas em reunião ordinária da LAGERPE, para que se estipulem a partir de quais períodos letivos os (as) estudantes estarão aptos a participar (baseado na grade curricular do respectivo curso).
Artigo 9o: O processo seletivo deverá obedecer às normas divulgadas em Edital.
Artigo 10o: O membro efetivo será um estudante universitário que cumpre as determinações legais estatutárias e que está em dia com a Tesouraria da associação.
Artigo 11o: O membro orientador será um profissional da área de saúde ou um gerontólogo de qualquer área, aprovado pela Diretoria, que comprovadamente dedique-se ao estudo da Geriatria e/ou Gerontologia e que se comprometa a assistir aos membros da LAGERPE durante suas atividades na Liga.
Artigo 12º: O membro colaborador será aquele que contribui com sua experiência pessoal e profissional, de modo contínuo, para o desenvolvimento dos trabalhos da Liga.
Artigo 13o: Os membros que não cumprirem as normas da LAGERPE poderão ser excluídos pela Diretoria por votação e aprovação por maioria simples.
Artigo 14o: Terão direito ao certificado os membros com participação mínima de 75% das atividades da Liga no período de um ano. Acadêmicos e/ou professores e profissionais que atuarem por um período inferior ao estipulado terão direito a uma declaração comprobatória da sua atuação.
Artigo 15o: São deveres dos associados:
§ 1o – Cumprir as disposições estatutárias e pagar as mensalidades.
§ 2o – Acatar as decisões da diretoria.
§ 3o – Colaborar com os programas e atividades da associação.
§ 4o – Colaborar para a realização dos objetivos da associação.
§ 2o – Promover atividades nas comunidades que envolvam prevenção, educação e assistência à saúde.
§ 3o – Promover ações solidárias em instituições voltadas para os idosos.
§ 4o – Estender o conhecimento geriátrico e gerontológico aos demais estudantes não associados a LAGERPE através de cursos, palestras e seminários.
Capítulo II – Dos membros e seu funcionamento
Artigo 6o: A Liga Acadêmica de Geriatria e Gerontologia de Pernambuco tem as seguintes categorias de membros: efetivo, orientador, colaborador.
Artigo 7o: O número de vagas anuais oferecidas pela LAGERPE será determinado em Assembléia Geral, por maioria simples.
Artigo 8o: A admissão de novos membros será realizada anualmente através de processo seletivo (ficha de inscrição, entrevista, participação nos cursos de capacitação organizados pela LAGERPE e/ou prova), no qual o acadêmico estará se comprometendo a respeitar o presente estatuto. Cada atividade terá sua devida pontuação, a ser decidida pelo grupo, em reunião ampliada da Diretoria, no período de organização do processo seletivo.
§ 1o – Um Conselho de Avaliação, de composição decidida em reunião ordinária, formado por membros efetivos e/ou orientadores e/ou membros colaboradores da LAGERPE irá avaliar o interesse do acadêmico durante a entrevista, podendo não aceitar sua admissão na Liga.
§ 2o – A seleção de novos membros poderá ser antecipada ou adiada de acordo com decisões tomada em Assembléia por maioria simples.
§ 3o – Qualquer acadêmico, independente de curso, faculdade ou universidade, poderá se candidatar às vagas da Liga que serão divulgadas em edital. Exige-se, entretanto, que o(a) estudante, se for do curso médico, já tenha pago todo o conteúdo de semiologia. Caso o(a) estudante seja de outro curso esse poderá ser integrante da LAGERPE participando das atividades na área de Gerontologia, visto que as atividades geriátricas são restritas aos acadêmicos de medicina que tenham pago Semiologia. Caso haja possibilidade de atividades práticas para estudantes de cursos diversos da Medicina, essas serão organizadas de modo que as habilidades necessárias para desempenhá-las sejam discutidas em reunião ordinária da LAGERPE, para que se estipulem a partir de quais períodos letivos os (as) estudantes estarão aptos a participar (baseado na grade curricular do respectivo curso).
Artigo 9o: O processo seletivo deverá obedecer às normas divulgadas em Edital.
Artigo 10o: O membro efetivo será um estudante universitário que cumpre as determinações legais estatutárias e que está em dia com a Tesouraria da associação.
Artigo 11o: O membro orientador será um profissional da área de saúde ou um gerontólogo de qualquer área, aprovado pela Diretoria, que comprovadamente dedique-se ao estudo da Geriatria e/ou Gerontologia e que se comprometa a assistir aos membros da LAGERPE durante suas atividades na Liga.
Artigo 12º: O membro colaborador será aquele que contribui com sua experiência pessoal e profissional, de modo contínuo, para o desenvolvimento dos trabalhos da Liga.
Artigo 13o: Os membros que não cumprirem as normas da LAGERPE poderão ser excluídos pela Diretoria por votação e aprovação por maioria simples.
Artigo 14o: Terão direito ao certificado os membros com participação mínima de 75% das atividades da Liga no período de um ano. Acadêmicos e/ou professores e profissionais que atuarem por um período inferior ao estipulado terão direito a uma declaração comprobatória da sua atuação.
Artigo 15o: São deveres dos associados:
§ 1o – Cumprir as disposições estatutárias e pagar as mensalidades.
§ 2o – Acatar as decisões da diretoria.
§ 3o – Colaborar com os programas e atividades da associação.
§ 4o – Colaborar para a realização dos objetivos da associação.
§ 5o – Comparecer e acatar as decisões da Assembléia.
§ 6o – Tornar público, de preferência por escrito, toda e qualquer ocorrência que venha a prejudicar a associação, zelar pelo patrimônio, seus serviços e o bom nome da LAGERPE.
Artigo 16o: São direitos dos associados:
§ 1o – Dar sugestões nas Assembléias.
§ 2o – Gozar dos benefícios e assistência oferecidos pela associação.
§ 3o – Defesa individual ou coletiva dos seus direitos de associado.
Artigo 17o: Os associados não respondem, nem mesmo subsidiariamente, pelas obrigações contraídas pela associação.
Artigo 18o: O não cumprimento dos dispositivos deste estatuto incorrerá aos infratores as seguintes penalidades: advertência, suspensão das atividades e exclusão do quadro social que serão deliberadas em Assembléia Geral garantindo ao acusado amplo direito de defesa.
Artigo 19o: As faltas que determinam a punição aos associados são: infringir as disposições deste estatuto, descumprir as decisões da Assembléia, negligência nos pagamentos das mensalidades, dilapidar o patrimônio da associação, agir contra os interesses da associação.
Capítulo III – Dos órgãos dirigentes
Artigo 20o: Serão órgãos dirigentes da LAGERPE:
I. Assembléia Geral
II. Diretoria
III. Conselho Consultivo
Artigo 21o: Assembléia Geral:
§ 1o – As Assembléias Gerais serão realizados pelo menos 01 (uma) vez ao ano, com caráter ordinário.
I. As Assembléias Gerais poderão ser realizadas extraordinariamente quando convocadas pela Diretoria da LAGERPE, ou quando solicitadas por escrito e com assinatura de 2/3 (dois-terços) dos membros da LAGERPE.
§ 2o – Dela participam os membros efetivos, orientadores e colaboradores, todos com direito a voto aberto.
§ 3o – Representa o mais alto poder da LAGERPE, competindo-lhe:
I. Referendar a diretoria composta por membros efetivos previamente indicados por seus pares.
II. Examinar e julgar o relatório das atividades realizadas e o balanço financeiro apresentado pela Diretoria da Liga.
III. Estabelecer as atividades e o cronograma das atividades do ano seguinte.
IV. Apreciar e julgar, em última instância, os fatos relacionados à Diretoria.
§ 4o – A data e o local das Assembléias Gerais serão estabelecidos com pelo menos 15 (quinze) dias de antecedência.
§ 5o – As deliberações das Assembléias Gerais serão por “voto aberto” e estarão válidas quando aprovadas por maioria simples dos votos apurados.
Artigo 22o: Diretoria:
§ 6o – Tornar público, de preferência por escrito, toda e qualquer ocorrência que venha a prejudicar a associação, zelar pelo patrimônio, seus serviços e o bom nome da LAGERPE.
Artigo 16o: São direitos dos associados:
§ 1o – Dar sugestões nas Assembléias.
§ 2o – Gozar dos benefícios e assistência oferecidos pela associação.
§ 3o – Defesa individual ou coletiva dos seus direitos de associado.
Artigo 17o: Os associados não respondem, nem mesmo subsidiariamente, pelas obrigações contraídas pela associação.
Artigo 18o: O não cumprimento dos dispositivos deste estatuto incorrerá aos infratores as seguintes penalidades: advertência, suspensão das atividades e exclusão do quadro social que serão deliberadas em Assembléia Geral garantindo ao acusado amplo direito de defesa.
Artigo 19o: As faltas que determinam a punição aos associados são: infringir as disposições deste estatuto, descumprir as decisões da Assembléia, negligência nos pagamentos das mensalidades, dilapidar o patrimônio da associação, agir contra os interesses da associação.
Capítulo III – Dos órgãos dirigentes
Artigo 20o: Serão órgãos dirigentes da LAGERPE:
I. Assembléia Geral
II. Diretoria
III. Conselho Consultivo
Artigo 21o: Assembléia Geral:
§ 1o – As Assembléias Gerais serão realizados pelo menos 01 (uma) vez ao ano, com caráter ordinário.
I. As Assembléias Gerais poderão ser realizadas extraordinariamente quando convocadas pela Diretoria da LAGERPE, ou quando solicitadas por escrito e com assinatura de 2/3 (dois-terços) dos membros da LAGERPE.
§ 2o – Dela participam os membros efetivos, orientadores e colaboradores, todos com direito a voto aberto.
§ 3o – Representa o mais alto poder da LAGERPE, competindo-lhe:
I. Referendar a diretoria composta por membros efetivos previamente indicados por seus pares.
II. Examinar e julgar o relatório das atividades realizadas e o balanço financeiro apresentado pela Diretoria da Liga.
III. Estabelecer as atividades e o cronograma das atividades do ano seguinte.
IV. Apreciar e julgar, em última instância, os fatos relacionados à Diretoria.
§ 4o – A data e o local das Assembléias Gerais serão estabelecidos com pelo menos 15 (quinze) dias de antecedência.
§ 5o – As deliberações das Assembléias Gerais serão por “voto aberto” e estarão válidas quando aprovadas por maioria simples dos votos apurados.
Artigo 22o: Diretoria:
§ 1o – Somente poderão participar da Diretoria membros efetivos da LAGERPE.
§ 2o – A diretoria vai ser constituída por um Coordenador Geral, um Vice-Coordenador, um Coordenador de Finanças e um representante de cada comissão (Coordenador de Ensino e Atividades Práticas, Coordenador de Pesquisa e Coordenador de Extensão).
I. Ao Coordenador Geral compete a representação da LAGERPE em todos os seus atos em juízo ou fora dele; supervisionar e organizar o trabalho de outros diretores, convocar as Assembléias Gerais; assinar as atas e, juntamente com o Coordenador de Finanças e o Vice-Coordenador, documentos que dêem origem a direitos e obrigações, inclusive cheques. Estará responsável, ainda, por estabelecer e manter atualizado um canal de comunicação entre a LAGERPE e o DAMUC sempre fazendo repasses, comunicados e convites ao DA sobre as atividades e ações da Liga para que o Diretório possa, assim, melhor informar os estudantes e ser co-partícipe em alguns processos.
II. Ao Vice-Coordenador compete auxiliar o coordenador no exercício de suas funções e substituí-lo nas suas faltas ou impedimentos.
III. Ao Coordenador de Finanças compete a administração e a elaboração de relatórios dos recursos financeiros.
IV. Ao Coordenador de Ensino e Atividades Práticas compete organizar/promover atividades didáticas e os estágios ambulatoriais supervisionados.
V. Ao Coordenador de Extensão compete a organização de atividades extensionistas dos integrantes da Liga, entre grupos de idosos.
VI. Ao Coordenador de Pesquisa compete promover, coordenar e divulgar as atividades de pesquisa.
VII. À Comissão de Organização de Eventos/Cursos, a ser composta por membros da diretoria e/ou participantes da LAGERPE e convocada de acordo com as demandas, compete estar à frente de todos os eventos organizados pela Liga.
§ 3o – A eleição dos membros da Diretoria será realizada de 1 (um) em 1 (um) ano, em Assembléia Geral marcada logo após a seleção dos novos membros, podendo haver reeleição, não sendo permitida a formação de chapas, com cada cargo sendo votado separadamente, e com o membro sendo eleito por maioria simples.
Artigo 23o: Conselho Consultivo:
Parágrafo Único – É constituído por orientadores e colaboradores.
Capítulo IV - Das atividades programadas
Artigo 24o: Cumpre aos membros da LAGERPE, independentemente de sua posição hierárquica, trabalhar em pesquisas relacionadas à geriatria e gerontologia.
Artigo 25o: Os acadêmicos deverão participar da organização de cursos, simpósios e congressos. Os membros da LAGERPE têm o compromisso de participar de todas as atividades promovidas pela Liga Acadêmica de Geriatria e Gerontologia de Pernambuco.
Capítulo VI - Disposições finais gerais
Artigo 26o: Durante o primeiro ano da existência da Liga Acadêmica de Geriatria e Gerontologia de Pernambuco e/ou até sua oficialização/registro em cartório, a Diretoria será exercida pelos acadêmicos de medicina da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Pernambuco. Os mesmos serão escolhidos entre os membros fundadores, por afinidade de trabalho ou da forma que melhor lhes convier.
Artigo 27o: Nos casos em que este estatuto seja omisso a Diretoria decide em regime de votação. Nos casos em que a Diretoria não conseguir resolver, por empate ou qualquer outra questão, deverá ser convocada Assembléia Geral para dar resolutividade a questão.
Artigo 28o: Nos casos de alterações estatutárias, estas deverão ser discutidas e justificadas em Assembléia Geral, sendo deliberadas por “voto aberto” e estarão válidas quando aprovadas por maioria simples dos votos apurados.
Artigo 29o: A associação será representada seja ativa ou passiva, judicial ou extrajudicial pelo seu coordenador geral e, na falta desse, pelo vice-coordenador. Na ausência do primeiro e desse último, qualquer outro membro da diretoria poderá assinar pela associação, em quaisquer condições, desde que acordado com os demais membros presentes.
Artigo 30o: O regimento interno da LAGERPE regulará a sua administração e funcionamento, assim como definirá as atribuições de seus associados.
Artigo 31o: A associação será mantida pelas doações recebidas e pelas mensalidades pagas pelos seus membros efetivos. O valor da mensalidade será decidido em Assembléia Geral e só poderá ser reajustado após ser discutido e votado na mesma.
Artigo 32o: A LAGERPE pode receber doações de pessoas físicas ou jurídicas de direito público ou privado, nacionais ou estrangeiros, para o desenvolvimento de atividades de ensino, pesquisa e extensão, de acordo com a política de patrocínios do Diretório Acadêmico ao qual está vinculada.
Artigo 33o: O patrimônio desta associação será constituído: pelos bens e direitos que forem doados por pessoas físicas ou jurídicas de direito público ou privado, nacionais ou estrangeiros; por subvenções que forem concedidas por pessoas jurídicas de direito público interno; por recursos financeiros oriundos de convênios para prestação de serviços celebrados com outras associações; pela mensalidade de seus associados.
Artigo 34o: No caso de dissolução da Liga será feito um balanço geral e o resultado do patrimônio será doado para entidades beneficentes escolhidas em Assembléia Geral. A dissolução da associação deverá ser discutida e justificada em Assembléia Geral, sendo deliberada por “voto aberto” e estará válida quando aprovada por maioria simples dos votos apurados. A decisão deverá ser comunicada ao Diretório ao qual a associação está vinculada.
Artigo 35o: Esta associação não remunerará, a qualquer título, os membros da diretoria ou qualquer outro integrante e aplicará integralmente seu patrimônio e renda na execução de seus objetivos.
Artigo 36o: O acima exposto só poderá ser modificado por uma Assembléia Geral. As possíveis modificações deverão ser oficializadas em documento no qual constem as assinaturas dos diretores da LAGERPE.
Artigo 37º: Este estatuto entrará em vigor na data do seu registro em cartório.
§ 2o – A diretoria vai ser constituída por um Coordenador Geral, um Vice-Coordenador, um Coordenador de Finanças e um representante de cada comissão (Coordenador de Ensino e Atividades Práticas, Coordenador de Pesquisa e Coordenador de Extensão).
I. Ao Coordenador Geral compete a representação da LAGERPE em todos os seus atos em juízo ou fora dele; supervisionar e organizar o trabalho de outros diretores, convocar as Assembléias Gerais; assinar as atas e, juntamente com o Coordenador de Finanças e o Vice-Coordenador, documentos que dêem origem a direitos e obrigações, inclusive cheques. Estará responsável, ainda, por estabelecer e manter atualizado um canal de comunicação entre a LAGERPE e o DAMUC sempre fazendo repasses, comunicados e convites ao DA sobre as atividades e ações da Liga para que o Diretório possa, assim, melhor informar os estudantes e ser co-partícipe em alguns processos.
II. Ao Vice-Coordenador compete auxiliar o coordenador no exercício de suas funções e substituí-lo nas suas faltas ou impedimentos.
III. Ao Coordenador de Finanças compete a administração e a elaboração de relatórios dos recursos financeiros.
IV. Ao Coordenador de Ensino e Atividades Práticas compete organizar/promover atividades didáticas e os estágios ambulatoriais supervisionados.
V. Ao Coordenador de Extensão compete a organização de atividades extensionistas dos integrantes da Liga, entre grupos de idosos.
VI. Ao Coordenador de Pesquisa compete promover, coordenar e divulgar as atividades de pesquisa.
VII. À Comissão de Organização de Eventos/Cursos, a ser composta por membros da diretoria e/ou participantes da LAGERPE e convocada de acordo com as demandas, compete estar à frente de todos os eventos organizados pela Liga.
§ 3o – A eleição dos membros da Diretoria será realizada de 1 (um) em 1 (um) ano, em Assembléia Geral marcada logo após a seleção dos novos membros, podendo haver reeleição, não sendo permitida a formação de chapas, com cada cargo sendo votado separadamente, e com o membro sendo eleito por maioria simples.
Artigo 23o: Conselho Consultivo:
Parágrafo Único – É constituído por orientadores e colaboradores.
Capítulo IV - Das atividades programadas
Artigo 24o: Cumpre aos membros da LAGERPE, independentemente de sua posição hierárquica, trabalhar em pesquisas relacionadas à geriatria e gerontologia.
Artigo 25o: Os acadêmicos deverão participar da organização de cursos, simpósios e congressos. Os membros da LAGERPE têm o compromisso de participar de todas as atividades promovidas pela Liga Acadêmica de Geriatria e Gerontologia de Pernambuco.
Capítulo VI - Disposições finais gerais
Artigo 26o: Durante o primeiro ano da existência da Liga Acadêmica de Geriatria e Gerontologia de Pernambuco e/ou até sua oficialização/registro em cartório, a Diretoria será exercida pelos acadêmicos de medicina da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Pernambuco. Os mesmos serão escolhidos entre os membros fundadores, por afinidade de trabalho ou da forma que melhor lhes convier.
Artigo 27o: Nos casos em que este estatuto seja omisso a Diretoria decide em regime de votação. Nos casos em que a Diretoria não conseguir resolver, por empate ou qualquer outra questão, deverá ser convocada Assembléia Geral para dar resolutividade a questão.
Artigo 28o: Nos casos de alterações estatutárias, estas deverão ser discutidas e justificadas em Assembléia Geral, sendo deliberadas por “voto aberto” e estarão válidas quando aprovadas por maioria simples dos votos apurados.
Artigo 29o: A associação será representada seja ativa ou passiva, judicial ou extrajudicial pelo seu coordenador geral e, na falta desse, pelo vice-coordenador. Na ausência do primeiro e desse último, qualquer outro membro da diretoria poderá assinar pela associação, em quaisquer condições, desde que acordado com os demais membros presentes.
Artigo 30o: O regimento interno da LAGERPE regulará a sua administração e funcionamento, assim como definirá as atribuições de seus associados.
Artigo 31o: A associação será mantida pelas doações recebidas e pelas mensalidades pagas pelos seus membros efetivos. O valor da mensalidade será decidido em Assembléia Geral e só poderá ser reajustado após ser discutido e votado na mesma.
Artigo 32o: A LAGERPE pode receber doações de pessoas físicas ou jurídicas de direito público ou privado, nacionais ou estrangeiros, para o desenvolvimento de atividades de ensino, pesquisa e extensão, de acordo com a política de patrocínios do Diretório Acadêmico ao qual está vinculada.
Artigo 33o: O patrimônio desta associação será constituído: pelos bens e direitos que forem doados por pessoas físicas ou jurídicas de direito público ou privado, nacionais ou estrangeiros; por subvenções que forem concedidas por pessoas jurídicas de direito público interno; por recursos financeiros oriundos de convênios para prestação de serviços celebrados com outras associações; pela mensalidade de seus associados.
Artigo 34o: No caso de dissolução da Liga será feito um balanço geral e o resultado do patrimônio será doado para entidades beneficentes escolhidas em Assembléia Geral. A dissolução da associação deverá ser discutida e justificada em Assembléia Geral, sendo deliberada por “voto aberto” e estará válida quando aprovada por maioria simples dos votos apurados. A decisão deverá ser comunicada ao Diretório ao qual a associação está vinculada.
Artigo 35o: Esta associação não remunerará, a qualquer título, os membros da diretoria ou qualquer outro integrante e aplicará integralmente seu patrimônio e renda na execução de seus objetivos.
Artigo 36o: O acima exposto só poderá ser modificado por uma Assembléia Geral. As possíveis modificações deverão ser oficializadas em documento no qual constem as assinaturas dos diretores da LAGERPE.
Artigo 37º: Este estatuto entrará em vigor na data do seu registro em cartório.
RECIFE, 13 DE SETEMBRO DE 2006.