A expectativa de vida tem aumentado no mundo inteiro, associada à queda dos coeficientes de fecundidade e de mortalidade tem conduzido ao envelhecimento populacional. Fenômeno este característico dos países desenvolvidos e em desenvolvimento como é o caso do Brasil.
A manutenção de um estado nutricional adequado na pessoa idosa é tarefa árdua, frente às doenças crônicas à associação do uso de medicamentos, às modificações fisiológicas inerentes à idade que interferem no apetite, no consumo e na absorção de nutrientes, e às questões sociais e econômicas que muito prejudicam a prática para a conquista de uma alimentação saudável.
O Ministério da Saúde recomendou, em última publicação, para os procedimentos de diagnóstico e acompanhamento do estado nutricional de idosos (60 anos e mais) em serviços de saúde, a classificação do IMC seguindo os mesmos pontos de corte do NSI10: baixo peso IMC<22kg/m2; peso normal ou eutrófico de 22 a 27kg/m2 e sobrepeso IMC>27kg/m2. Tendo em vista que a avaliação nutricional do idoso apresenta limitações também em relação aos dados, e padrões de referência para as medidas antropométricas.
O panorama da saúde do idoso no Brasil precisa ser, sem dúvida, melhor definido populacionalmente e em todas as regiões. É imprescindível que se estabeleça uma política de saúde que implique na promoção da qualidade de vida e da autonomia, de modo acessível a todos os estratos sociais ou, pelo menos, que os serviços sejam oferecidos de modo digno aos mais carentes na hierarquia social, para que possam conduzir o seu envelhecimento de maneira saudável e o mais independentemente possível.
Integrante LAGERPE
Referências
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