Na atualidade, muito tem sido pesquisado e
escrito sobre a terceira idade, pelo aumento da idade média de vida e pela
perspectiva de um aumento considerável desta população. São teorias, estudos,
pesquisas, políticas públicas, leis visando proteção, qualidade de vida,
inserção na comunidade, abertura de novos campos de atividade para o idoso e
para os profissionais que venham a lidar com as pessoas desta idade, como
gerontólogos, profissionais de educação física, informática, música, dança,
psicologia, fisioterapia, etc.
Existe toda uma preocupação em que a terceira
idade seja vivida com prazer, com sentimento que induza à fruição deste período
como algo que é recebido como uma graça, uma conquista, não com sentimento de
desvalia ou pensamento angustiante com relação à morte. É curiosos que Cícero
(Marco Túlio Cícero) em 44 a .C
já se preocupava com isto demonstrando sentimento semelhante ao da atualidade.
afastamento da vida ativa; enfraquecimento do corpo; privação de prazeres; proximidade da morte ao que ele próprio rebate dizendo com relação à primeira assertiva que embora a velhice não esteja incumbida das mesmas tarefas que a juventude, há outras que faz mais e melhor visto que são outras as qualidades requeridas, como a sabedoria, a clarividência, o discernimento.
Á preocupação com o envelhecimento do corpo e o
conseqüente declínio de memória, ele se contrapõe citando aqueles que criaram
obras notáveis apesar da idade. Enfatiza que a velhice não deve ser inerte, mas
ocupada a ponto de procurar aprender coisas novas. Cícero dedicou-se a aprender
literatura grega já em idade avançada.
Atribuiu grande parte do envelhecimento, à
herança de uma juventude voluptuosa ou libertina.
Incentiva o cuidado com o corpo através do
exercício físico, comer e beber o necessário para recompor as forças, ocupar o
espírito e a alma.
Com relação à privação do prazer, afirma que a
velhice não é insensível a ele. Há moderação, substituição de prazeres e
liberação da alma das paixões. As pessoas passam a viver mais “consigo mesmas”.
São muitos os prazeres do espírito desenvolvidos o que permite este modo de
viver mais tranqüilo.
Ao medo da proximidade da morte contrapõe a
assertiva que este medo não é específico da velhice, pois é um risco
compartilhado também pela juventude. Aos que pensam que a morte termina com a
alma, aconselha despreza-la e aos que crêem na imortalidade, deseja-la, além do
que, quem, jovem ou velho, pode ter segurança de estar vivo a cada amanhecer ou
anoitecer?
Por fim, mais um pensamento sábio ao recomendar
aceitação do tempo que cada um tem para viver procurando fazer neste tempo o
melhor e que no momento de partir o faça como quem sai de um albergue onde foi
recebido, posto que a natureza nos oferece uma pousada provisória.
Por: Isabel C. S. Vargas
Extraído de : http://meuartigo.brasilescola.com
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