segunda-feira, 11 de julho de 2011

“Neuróbica” promete deixar a mente em forma

A cada esquina, somos convidados a fazer atividades físicas. As academias de ginástica, públicas ou privadas, e os espaços voltados para a prática de esportes estão por todos os lados, nos convidando a cuidar do corpo. O que pouca gente procura é exercitar a mente. Sim, isso é possível. “Malhar o cérebro” vai muito além de fazer palavra-cruzada. Hoje, já existem, inclusive, espaços voltados exclusivamente para os que querem deixar a memória em forma.

E engana-se quem pensa que treinar o cérebro seja coisa para idoso. É possível fazer atividades para a mente já a partir dos quatro anos. Os motivos que levam cada um às aulas, no entanto, são diferentes. “Os pais procuram colocar as crianças para que elas melhorem a concentração e o desenvolvimento na escola. Os adolescentes, na época do vestibular, procuram para ter mais disciplina e agilidade de raciocínio. Os adultos querem ter mais liderança e boa memória para concursos. Já os idosos procuram para prevenir as doenças típicas da idade e para melhorar a autoestima”, explica Antonio Carlos Perpétuo, diretor-presidente do Método Supera, a primeira escola de curso livre da América Latina com a proposta de desenvolver o cérebro.

A chamada neuróbica, ou ginástica para o cérebro, foi criada pelo neurocientista norte-americano Larry Katz, autor do livro “Mantenha o seu cérebro vivo”. Ele defende que, como acontece com o corpo, a mente precisa ser treinada, estimulada e desenvolvida para funcionar de forma equilibrada e plena. Há diversas maneiras de se conseguir isso. No caso da teoria de Katz, por exemplo, os exercícios buscam inverter a ordem de alguns movimentos do dia a dia. Ao fazermos de forma consciente ações rotineiras, que realizamos sem pensar, alteramos a nossa percepção. Isso acaba forçando a memória.

“Estudos comprovam que, para se estimular o cérebro, é necessário tirá-lo da zona de conforto com três práticas: novidades, variedade e grau de dificuldade contínuo. Para isso, podemos, por exemplo, fazer palavras-cruzadas, ler e mudar a rotina com ações como trocar o relógio de pulso ou alterar o caminho para ir ao trabalho. Dessa forma, você sai do piloto automático e faz com que seu cérebro se exercite, estimulando, assim, a formação de novas redes de neurônios”, ressalta Perpétuo.

As trocas de experiências promovidas por encontros sociais repercutem no estado emocional e também contribuem na “malhação cerebral”. Atividades que desafiam a memória em vários níveis, tais como aprender a tocar um instrumento musical ou a falar uma nova língua, também fornecem grande estímulo. O xadrez, por exemplo, é bom porque exige estratégia e interação social ao mesmo tempo.


quinta-feira, 7 de julho de 2011

Dor Lombar nos idosos - Como prevenir?

          Dor lombar é a segunda causa mais freqüente da incapacidade de idosos perdendo apenas para dores de cabeça. A dor lombar também conhecida como lombalgia ou lombociatalgia (porque acomete o nervo ciático) é a segunda causa mais freqüente de incapacidades dos idosos, superada apenas pelas dores de cabeça.

         A maior parte deste distúrbio doloroso não é tratada por especialistas como reumatologistas, ortopedistas e apenas em 15% dos casos os diagnósticos estão corretos.   
  
         “O que acontece geralmente é a auto-medicação que pode ter como principal conseqüência o mascaramento de alguma doença mais grave.”
         Na maioria das vezes a dor lombar pode ter sido causada pelo carregamento de peso  de forma incorreta ao longo da vida, que acaba por prejudicar não só a coluna lombar, mas também a coluna cervical (região do pescoço), por posições ruins, viciosas e exercícios físicos feitos incorretamente. Em grau extremo, a lesão deixa a coluna com na forma de “cobra” e recebe o nome científico de escoliose como mostra a figura do raio X.

escoliose
         A mobilidade da coluna é pequena e há um grande número de vértebras, se houver um movimento brusco ou força acontece o comprometimento da coluna, por isso a dor. Para se ter uma idéia, é muito difícil para o paciente explicar exatamente onde está localizada a dor na coluna devido ao grande número de inervações.Para evitar a dor lombar, a recomendação é que os idosos permaneçam em posições corretas com a coluna, não assistam televisão deitados, espreguicem pela manhã ao levantar da cama e façam exercícios físicos monitorados por um profissional.
    No próprio exame clínico, os médicos já conseguem diagnosticar a causa das dores lombares, apalpando já dá para saber se há musculatura em posição irregular, a não ser que seja um caso de inflamação, aí o paciente é encaminhado para exames mais detalhados.

     Para evitar a dor na coluna e amenizar se ela já existir, o ideal, é repouso e evitar de forçar a coluna por cerca de 4 dias.

         Quando estiver deitado de barriga para cima, o ideal é que se calce as pernas com 3 travesseiros para que elas fiquem dobradas em cima dele. Já, se ele estiver repousando de lado, é bom se calçar um travesseiro entre as pernas para deixar a coluna alinhada.

         Vale ressaltar que a educação ainda é a melhor maneira de combate as dores na coluna. 

         Erros comuns como carregar peso de maneira incorreta, não abaixar com a coluna ereta podem provocar distúrbios e a dores retornam. Uma outra dica é caminhar descalço em terrenos irregulares.

Dr. Armando Miguel Jr
Extraído de: http://www.medicinageriatrica.com.br/2006/12/16/lombalgias-como-previnir/

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Morar na casa de repouso ou com a família?




Como constatar se um idoso não está apto a morar sozinho?
Quando está com sua capacidade funcional comprometida, ou seja, quando apresenta dificuldade para executar as atividades da vida diária. Isso pode ser devido a inúmeros fatores, entre os quais se encontram o déficit cognitivo, fraturas geralmente ocasionadas por quedas e quadro de fragilidade.

Qual é o momento de decidir o que fazer com o idoso?
Somente quando ele já perdeu sua autonomia e já não consegue decidir por si próprio.

No caso do idoso querer ficar em sua própria casa: em que casos se deve contratar uma enfermeira/dama de companhia para ficar com o idoso?
Isso só deve ser feito se o idoso estiver em situação de dependência total ou de semi dependência. Contudo, se ainda estiver com a capacidade cognitiva preservada, é muito importante explicar-lhe a necessidade disso e fazê-lo com a sua anuência.

No caso do idoso não ter condições de morar sozinho, é melhor levá-lo para uma casa de repouso ou fazê-lo morar com os familiares?
Isso é uma questão complexa, que necessita de várias considerações. Em primeiro lugar, levando-se em conta a necessidade de se respeitar o idoso como pessoa. Se o idoso estiver dependente, mas ainda estiver com sua capacidade cognitiva preservada, seria melhor deixar que ele decida se quer ou não quer ir para o asilo. Em segundo lugar, deve-se levar em conta fatores de ordem socioeconômica, de infra estrutura e de relacionamento. Por exemplo, será que há algum membro da família disponível para cuidar do idoso? Em caso negativo, a família teria condição de pagar alguém para cuidar do idoso pelo menos em tempo parcial? Além desses fatores, há a questão ligada a relacionamento. Será que a família tem um bom relacionamento com o idoso? Em caso negativo, isso pode ser devido a muitos fatores, inclusive ligados ao próprio comportamento pregresso do agora idoso em relação a seus familiares. 

Assim, pergunta-se: A família deseja ficar com o idoso? Ou: O idoso deseja ficar com sua família? No caso de estar em uma casa de repouso, qual a importância da visita dos familiares?
É muito importante, obviamente desde que o idoso tenha um bom relacionamento com seus familiares. Mas é importante que as visitas sejam regulares; se forem esporádicas o efeito será negativo no sentido de produzir bem-estar.

É importante ter uma pessoa dedicada completamente ao idoso, no caso dele começar a morar com os familiares?
Isso dependerá do grau de dependência do idoso. Se for completamente dependente, sim. Contudo, se for apenas parcialmente dependente, não há necessidade de ter uma pessoa completa e integralmente dedicada ao idoso.

Ter crianças em casa pode prejudicar o idoso de alguma forma?
Isso é muito relativo. Depende da quantidade de crianças, da idade das crianças, do período de tempo que as crianças ficam em contato com o idoso e, claro, do relacionamento estabelecido entre o idoso e as crianças.

Quais são os benefícios e malefícios do idoso morar na casa de familiares?
Independente da condição socioeconômica da família, se o relacionamento com os familiares for bom, os maiores benefícios são a atenção e o carinho, o suporte social que o idoso terá a usufruir. Entretanto, poderá sentir-se sem liberdade e sem autonomia, afinal, não está em sua própria casa, onde pode mandar e desmandar.

Quais são os benefícios e malefícios do idoso morar em sua própria casa?
O benefício maior é estar em seu próprio lugar, no meio de suas coisas, e poder exercer liberdade e autonomia. Os perigos irão depender da idade do idoso e de seu estado geral de saúde e funcionalidade. Os principais perigos são as possibilidades de danos físicos, como, por exemplo, aqueles provocados por quedas.

Quais são os benefícios e malefícios do idoso morar em casa de repouso?
Tudo é muito relativo. Levando-se em consideração que o idoso tem a capacidade funcional preservada, se antes de ir para a casa de repouso vivia em situação de penúria socioeconômica e de abandono por parte de amigos e familiares, mesmo uma casa de repouso simples e sem grandes recursos, desde que decente, já será muito melhor do que a vida que levava antes. Mas para um idoso em situação diferente, que vivia bem em sua casa, convivendo bem com seus familiares, e de repente fica em situação de dependência e é levado para a casa de repouso, mesmo a casa de repouso mais luxuosa pode parecer bem pior do que a vida que levava antes.

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Hipotensão postural

Dá-se o nome de hipotensão postural ou ortostática à queda súbita de pressão sanguínea quando um indivíduo assume a posição ereta.

Pode ser causada por hipovolemia (diminuição da quantidade de sangue no corpo), resultado do uso excessivo de diuréticos e vasodilatadores, de desidratação ou de se assumir prolongadamente uma postura horizontal.

Com a queda de pressão o indivíduo tem um escurecimento de vista, sensação de desmaio, perde o equilíbrio e cai. Esta desordem pode estar associada com a aterosclerose, diabetes, doença de Addison e outras desordens neurológicas como a síndrome de Shy-Drager.

Alguns dos sintomas são: tonturas, visão turva e perda temporária de consciência.

Em idosos, pode haver hipotensão postural devido a dificuldade do retorno venoso. Dessa forma, no ato da medição da pressão arterial, o médico deve estar atento se o paciente realmente é hipertenso, ou a elevação é devido a "síndrome do jaleco branco" ou efeitos externos, a fim de não considera-lo hipertenso e medicar erroneamente o paciente com risco de Hipotensão grave.

Por isso é importante a identificação precoce dos idosos com maior chance de sofrerem quedas e, particularmente, aqueles que, além do risco de queda, apresentem também um risco aumentado de sofrerem lesões graves decorrentes da mesma. Os fatores de risco apontados na maioria dos estudos como mais determinantes para quedas são: idade igual ou maior a 75 anos, sexo feminino, presença de declínio cognitivo, de inatividade, de fraqueza muscular e de distúrbios do equilíbrio corporal, marcha ou de mobilidade, déficit visual, história prévia de acidente vascular cerebral, de quedas anteriores e de fraturas, comprometimento na capacidade de realizar atividades da vida diária, uso de medicações psicotrópicas, em especial os benzodiazepínicos, assim como o uso de várias medicações concomitantes.

A aterosclerose, o diabetes, a desidratação, o uso de determinadas medicações e o próprio envelhecimento, que dificulta o retorno venoso, são alguns dos fatores que podem levar à hipotensão postural. As intervenções para prevenção de quedas em idosos devem ser feitas individualmente caso a caso e devem incluir obrigatoriamente exercícios individualizados, treino de transferências posturais e de marcha, adequação de medicação com mudanças na prescrição quando necessário, identificação da existência de hipotensão postural e correção dos fatores causais quando possível, além de adequação ambiental que inclui, entre outras coisas: evitar pisos e calçados escorregadios, evitar calçados soltos no pé, evitar tapetes, não deixar fios passando pelo meio da casa, manter a residência bem iluminada, usar luzes de segurança/advertência à noite, etc.

Fonte: Dr. Paulo Casali – Especializado em Geriatria e 
Gerontologia pela UNIFESP - www.paulocasali.com.br / 

Fonte http://longevidade-silvia.blogspot.com/ 

segunda-feira, 27 de junho de 2011

O bem estar psicológico do homem pode garantir o prazer

O humor já não é mais o mesmo, os carinhos já não fazem mais parte da rotina do casal, e na cama então, nem se fala. O desinteresse sexual, apesar de ser mais comum entre as mulheres, também atinge a ala masculina. As razões são muitas e bem variadas. Além das mudanças que o corpo sofre ao longo do tempo, especialistas alertam para a importância da questão psicológica na busca pelo desejo perdido.

O interesse pelo sexo depende de um conjunto de fatores como, por exemplo, a saúde e o bem-estar físico, os relacionamentos interpessoais e o bom funcionamento da mente. E de acordo com o psicólogo Oswaldo Rodrigues, coordenador de pesquisas do Grupo de Estudos e Pesquisas do Instituto Paulista de Sexualidade (Inpasex), quando algum desses fatores vai mal, o rendimento na cama pode ser afetado.

“Se alguma coisa não anda bem, o homem pode sofrer com a diminuição do desejo sexual. A dificuldade em administrar as bases físicas, sociais e psicológicas produz e mantém essa queda do desejo. Isto significa que, mesmo que todos nos tenhamos problemas, o mais importante é pensar em como solucioná-los. E a dificuldade que o homem tem em lidar com os problemas, sejam eles de qualquer ordem, é exclusivamente psicológica”, garante ele.

Ovo de codorna, amendoim, banana, ostras, vale tudo para tentar recuperar o prazer no sexo. Porém, apesar de bastante antiga, a crença popular ainda não conseguiu provar sua eficiência. “A busca de algo externo que seja responsável pelo apetite sexual é muito comum em nossa cultura. E embora a procura seja tão antiga, ainda não encontraram nada similar que realmente produzisse algum tipo de interesse pelo sexo. Antes de qualquer coisa, é preciso querer melhorar. O desejo sexual exige que a pessoa se desenvolva em direção às atividades sexuais. Exige ação, exige que se tenha a intenção de mudar” aconselha o psicólogo.

Muito além de uma questão física, o bom sexo depende também do bom funcionamento da mente. Embora seja mais difícil para o homem, conversar, compartilhar problemas e buscar ajuda psicológica podem melhorar de vez a vida sexual. “Explicar um problema que não conhecemos é bastante difícil. Mas existe algo que este homem pode fazer: contar o que sente, sem precisar tentar explicar algo que não sabe, simplesmente desabafar. 

O segundo passo será dialogar com a parceira sobre o que ambos pretendem, aquilo que desejam do futuro. Assim, este homem terá apoio para buscar ajuda profissional correta e quem sabe, resolver seus problemas’, finaliza Rodrigues.

Autor: Psicólogo Oswaldo Rodrigues

sábado, 25 de junho de 2011

Como o tempo age sobre nós


O fotógrafo Nicholas Nixon é responsável por uma compilação de fotos bastante curiosa. Desde 1975, ele é responsável por fotografar quatro irmãs. A intenção é mostrar como o tempo age sobre nosso corpo. As imagens, em preto e branco, iniciaram mostram as irmãs que tinham de 15 a 25 anos. A mais velha delas, Bebe, é esposa do fotógrafo.