segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Qualificação é fundamental para quem quer ser um cuidador de idoso

Caso o idoso tenha que tomar injeção, por exemplo, o cuidador precisa ter formação em enfermagem; Suely Batista viu que cuidar das pessoas, profissionalmente, não seria tão fácil assim e decidiu buscar qualificação.


   
·         Graças aos avanços na medicina e as melhorias na qualidade de vida, os brasileiros estão vivendo mais. Atualmente, a população de idosos é de 14 milhões e a expectativa é que, em 2050, esse número suba para 64 milhões de pessoas – o que representa 29,7% da população total. Com isso, tem crescido também a procura por um profissional: o cuidador de idosos.

Aos 78 anos, a memória de dona Lúcia já não é mais a mesma e as atividades do dia a dia deixaram de ser simples. Por isso, ela precisa de uma atenção especial, que chega pelas mãos de Suely Batista. Suely é quem cuida da medicação sempre na hora certa, do lanche, da conversa e, claro, do carinho.

A profissão ainda pouco conhecida Suely descobriu por acaso, quando a avó e a mãe precisaram de ajuda. “Eu sempre cuidei da minha avó, da minha mãe, então eu fui pegando gosto. Vi que é um prazer para a gente ajudar as pessoas que precisam de uma atenção especial. Eu fico feliz quando ela [dona Lúcia] me chama de anjo”, conta Suely.

Com a experiência dentro de casa, Suely viu que cuidar das pessoas, profissionalmente, não seria tão fácil assim e decidiu buscar qualificação. “A gente procura ter calma para lidar com eles. Tem a paciência, não adianta só estudar. E tem que gostar da profissão. Eu gosto e estudei para isso”, diz.

A decisão de contratar uma cuidadora quem tomou foi uma das filhas de dona Lúcia, a advogada Rita Victor. Ela queria que a mãe tivesse uma assistência de melhor qualidade nos momentos em que estivesse ausente por alguma razão, como o trabalho. “Às vezes eu tinha pânico de ela cair, de acontecer algum acidente, e não ter ninguém de pronto. Agora, estou mais tranquila”, afirma Rita.

Cuidadores a exemplo de Suely podem ser contratados através de empresas como a que a filha de dona Lúcia procurou. Uma hora desse profissional custa cerca de R$ 8. Para Rita, na ponta do lápis, o investimento vale a pena. “Quando você contrata um empregado doméstico tem salário, INSS, passagem... O valor não chega a ser 50% a mais. E eu sei que minha mãe vai estar sendo bem cuidada”, afirma.

ESPECIALIZAÇÃO
Caso o idoso tenha que tomar injeção, por exemplo, o cuidador precisa ter formação em enfermagem, que pode ser do nível técnico ou superior. O Senac Pernambuco oferece um curso para formação de cuidador de idosos, que abrirá novas turmas no ano que vem.
    

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